Resenha e fotos: Roger Hodgson em Porto Alegre

No dia do seu aniversário, o lendário Roger Hodgson do Supertramp se apresentou em Porto Alegre. Veja como foi em nosso relato e fotos exclusivas.

Roger Hodgson em Porto Alegre

Por Doni Maciel

Supertramp é presença certeira no meu Spotify, mais especificamente na playlist “Tiozêra FM”! Típica banda setentista, tem um pé no progressivo, um pé no folk/rock, vocais muito bem trabalhados e um punhado de grandes canções pop. Fato é que os caras passaram o rodo na segunda metade dos 70 e início dos 80, e lá em casa muito ouvi (por tabela) o disco duplo ao vivo Paris, de 1980. Sabia de cor, porque meus irmãos gastaram agulha rodando essa bolacha.

E um lance que sempre me marcou foi o fato da banda ter dois vocalistas – o cara da voz grossa e o cara da voz fina. Na minha cabeça de criança delirante, eram tipo O Gordo e o Magro fazendo uma puta sonzeira. Na terça 21 de Março, quem veio a Porto Alegre foi o cara da voz fina, mister Roger Hodgson, dono de grande parte dos hits do Supertramp, e por isso o cidadão que tem o direito de seguir apresentando ao vivo essas obras de arte.

Publicidade
Publicidade

De terno branco, empunhando uma xícara de english tea, subiu ao palco do Pepsi On Stage cheio de simpatia e tratou de puxar da cartola uma penca desses megahits radiofônicos. “The Logical Song” e “It’s Raining Again” foram as mais festejadas, seguidas de perto por “Give a Little Bit”, “Dreamer”, “Take the Long Way Home” e “Breakfast in America”. Ali no meu cantinho, achei emocionante a versão de “Lord Is It Mine”. Mas não foi só! Teve espaço para algumas músicas menos óbvias da carreira do Supertramp e canções de sua empreitada solo, com destaque para “Had a Dream”.

A fiel plateia de cabelos cromados ficou hipnotizada nas praticamente duas horas de show. Lá no palco, titio Roger segurou muito bem seus falsetes, mesmo que às vezes a voz do cara parecesse um pouco enterrada em meio ao competente instrumental da banda de apoio. E cabe registrar que, justamente nessa data querida, ele completou 67 aninhos, fato que valoriza muito seu desempenho exemplar no microfone.

Pra celebrar a data, o grupo puxou “Birthday” dos Beatles, numa versão festiva e improvisada. Daí teve bolinho com velas, parabéns pra você cantado em coro e um aniversariante pra lá de faceiro! Do alto de sua maestria, deixou uma mensagem de paz para os fãs: em tempos de crise, “music can be good medicine”. Sábio guru!

Sair da versão mobile