Novo clipe do Rise Against foi cancelado por ser “anti-governo”

Embora estivessem preparados para gravar um novo clipe, o Rise Against foi barrado do local de filmagens por serem “anti-governo”.

Além de ser uma das atrações do Maximus Festival, que acontece nesse sábado (13) em São Paulo, o Rise Against está com um novo álbum prontinho para ser lançado em Junho, intitulado Wolves.

Embora já tenham compartilhado algumas faixas do disco, a banda vinha preparando um novo clipe para a faixa “The Violence”, presente no trabalho. No entanto, as gravações do vídeo não ocorreram porque o grupo foi barrado do local de filmagens.

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No caso, a banda iria gravar em um campo cheio de estátuas de antigos presidentes. Embora tenham inicialmente conseguido a permissão para realizar a gravação, os membros acabaram sendo barrados por ter uma postura “anti-governo”.

A banda explicou melhor a situação através de um comunicado em seu Facebook, que você pode ler logo abaixo.

Enquanto nos preparamos para o lançamento do nosso disco Wolves no dia 9 de Junho, nós planejávamos gravar um vídeo para o primeiro single desse disco, ‘The Violence’. A canção discute se violência é uma inevitabilidade da condição humana ou se é uma escolha que fazemos e, portanto, podemos rejeitar.

O vídeo iria desenvolver esse conceito. O diretor nos deu a ideia de filmar em um campo cheio de bustos presidenciais (basicamente as cabeças gigantes de Roosevelt, Lincoln, Washington, etc). Inicialmente, o alvará para filmar o vídeo foi nos dado, mas em seguida foi retirado pelo conselho de diretores que cuida do local. O motivo? Eles decidiram que nós éramos ‘anti-governo’.

Nós achamos esse local interessante porque as cabeças dos presidentes representam o poder nos dois lados da moeda. O Rise Against sempre falou a verdade sobre poder.

Hoje, quando o mundo celebra o May Day e a luta internacional pelos direitos dos trabalhadores, nós somos lembrados de que, há 100 anos, trabalhadores, muitos deles imigrantes, foram mandados sentar e calar a boca. Agora, todos nós aproveitamos os fins de semana, jornadas diárias de oito horas, e outros tipos de proteções pois eles se recusaram a ouvir essas pessoas. Ataques renovados nas pessoas mais vulneráveis do mundo em 2017 fortificaram nossas crenças. Nós pretendemos continuar sendo barulhentos sobre isso não interessa quem tente nos calar. Desse modo, nós vestimos a rejeição do conselho como uma medalha de honra. Nós apenas iremos encontrar outra porta para bater…

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