Música

Já era: o MP3 está oficialmente morto, de acordo com seus criadores

Em uma nova entrevista, os próprios criadores do MP3 revelaram que o formato de áudio AAC deverá ser o novo padrão da indústria da música.

Desde o fim dos anos 90, a indústria da música foi cada vez mais se afastando de um formato físico (com os CDs e discos de vinil) para um formato digital.

Esse processo ganhou ainda mais força com o advento da internet, que facilitava a distribuição de arquivos de forma ilegal — através de softwares como eMule e LimeWire. Com o tempo, o MP3 acabou virando uma grande força dentro da indústria, impulsionando fortemente diversas empresas que decidiram utilizá-lo como seu principal modo de distribuição — como a Apple com o iTunes e o iPod.

No entanto, como a tecnologia está sempre em evolução, os dias do MP3 podem finalmente estar chegando ao fim. E isso vem da boca de seus próprios criadores: a empresa alemã The Fraunhofer Institute for Integrated Circuits, responsável pela criação do formato no fim dos anos 80, acaba de informar que o seu “programa de licenciamento de algumas patentes relacionadas ao MP3 e softwares do Technicolor e Fraunhofer IIS foi encerrado”.

Ao que tudo indica, o objetivo é mover para o Advanced Audio Coding (AAC) — criado com a ajuda da empresa — que, embora tenha sido concebido no final dos anos 90, está começando a ser aplicado em larga escala recentemente.

Atualmente, o AAC é o formato padrão de áudio utilizado no YouTube, iPhone, Nintendo 3DS, Playstation 3 e muitos outros equipamentos. Em uma entrevista com a NPR, Bernhard Grill, diretor dessa divisão da Fraunhofer, entrou em detalhes sobre a transição de formatos, reforçando que o AAC “é mais eficiente que o MP3 e oferece muito mais funcionalidades”.

No caso, o AAC possui uma qualidade maior que o MP3 e, ao mesmo tempo, não ocupa tanto espaço nos HDs como outras alternativas melhores, como o FLAC. O formato já é o padrão utilizado pela Apple para transportar CDs para o iTunes, por exemplo.

O assunto foi discutido mais a fundo em um artigo interessantíssimo da NPR, que você pode ler na íntegra (em inglês) clicando aqui.