Nessa quarta-feira (14) aconteceu o Dia Sepultura, quando o documentário que conta a história da banda teve sua pré-estreia.
Antes de chegar ao público, o longa abriu a nona edição do festival de documentários musicais In-Edit nessa terça-feira (13).
Com a presença de grandes personalidades como Supla e Branco Mello, o TMDQA! estava lá pra assistir ao documentário e contar as melhores novidades.
Sepultura: Endurance foi um trabalho de sete anos do diretor Otávio Juliano e da produtora Luciana Ferraz com Andreas Kisser, Paulo Xisto e Derrick Green.
O documentário gira em torno do show de 30 anos da banda feito na Audio Club em São Paulo em 2015 e de depoimentos de grandes nomes da música como Corey Taylor (Slipknot), Lars Ulrich (Metallica), Scott Ian (Anthrax), e outros.
Segundo o diretor, foram mil horas de gravação no total. O processo de edição deve ter sido muito pesado, mas valeu a pena. As três décadas de banda foram muito bem contadas.
Cenas pessoais como Andreas conversando com o ex-baterista Jean Dolabella sobre as dificuldades de estar na estrada e longe da família, que acabou sendo o motivo de sua saída, e gravações da audição do menino prodígio Eloy Casagrande te deixam um passo mais próximo da banda.
Muitos dizem que o Sepultura é a banda que é hoje graças ao Andreas e isso é até comentado no documentário, mas o guitarrista deixa claro que cada mudança de integrante moldou a banda naquilo que conhecemos hoje.
O Sepultura nunca foi um grupo que se deixou levar pela fama internacional ou até mesmo pelas regras que a indústria musical tenta impor e isso fica bem claro no documentário.
Se não fosse sua autenticidade, grandes bandas como o Slipknot não estariam aqui hoje. O próprio Corey Taylor conta que uma de suas maiores influências foi e sempre será o Sepultura.
A sonoridade única da banda, a presença de voz e de palco de Derrick, a guitarra de Andreas, a bateria de Eloy e a paixão de Paulo são o que fazem do Sepultura uma das maiores e melhores bandas de metal até hoje.
Apesar de Max e Iggor Cavalera não estarem presentes no documentário, a história foi bem contada.
Sem deixar de lado o legado que os irmãos Cavalera criaram com a banda, Andreas conta abertamente quais foram os problemas que eles enfrentaram antes de tudo desmoronar.
O amor pela música foi mais forte e o Sepultura se manteve firme após a queda que todos imaginavam impossível de superar e Derrick Green conta como foi essa transição de vocalistas.
Ele fala sobre o preconceito que sofreu quando a banda decidiu contratá-lo e como ele se identificou com cada membro e sua música.
Se não fosse por sua resiliência, quem sabe onde o Sepultura estaria hoje? Muito provavelmente não seria com um documentário incrível sobre sua história.
A partir do dia 15 de Junho o documentário estará no circuito comercial.