Embora sempre tenham tratado de assuntos pessoais e sombrios em seus discos, o Queens of the Stone Age quase nunca se mistura com política.
E em uma entrevista para a Rolling Stone, o frontman Josh Homme explicou um pouco sobre por que isso acontece ao comentar sobre o processo de composição das letras do grupo.
Quando você é mais jovem, eu acho que você é encorajado (ou se encoraja) a se esconder atrás de uma máscara. E quando os anos vão passando, essa máscara acaba sumindo. Eu perdi qualquer razão para escondê-la. Eu tenho um desinteresse em esconder qualquer coisa quando se trata de compôr música. O mais vulnerável e honesta que [as letras] forem, melhor eu me sinto sobre isso.
E o que mais eu vou escrever sobre? O Queens sempre foi um lugar livre de política e dos problemas do dia-a-dia. Nós somos tipo um arcade ou uma loja de sorvetes onde você não fala sobre política. É preciso existir um escape. Eu prefiro falar sobre uma das únicas coisas que realmente importam — seja família ou aquilo que você realmente ama.
Ao entrar nesse assunto, Homme também discutiu sobre o trágico ataque terrorista o Eagles of Death Metal sofreu em Paris, em Novembro de 2015.
Embora faça parte da banda, Homme não estava presente no show onde terroristas começaram a atirar na plateia, matando dezenas de pessoas. Na entrevista, o músico relacionou o acontecimento com o recente incidente envolvendo um show da cantora pop Ariana Grande.
Eu realmente não gosto de falar sobre isso. É terrível fazer parte desse ‘clube’. Você espera que isso nunca aconteça mais vezes. Se você pudesse trocar de lugares, você não o faria, e as pessoas entenderiam isso. Eu não desejaria isso para mais ninguém. Sempre existirão coisas fodidas. Sempre existirão vilões. Isso só te dá vontade de continuar fazendo isso. Se você precisava de uma razão, você tem.
O músico ainda comentou sobre vários outros detalhes do Villains, novo disco do Queens of the Stone. Você pode ler a entrevista na íntegra através deste link.
Villains será lançado no dia 25 de Agosto.