William Goldsmith deixou as baquetas do Foo Fighters há 20 longos anos, mas veio a público para falar poucas e boas sobre sua experiência com a banda.
Em um entrevista ao Daily Mail, o também ex-baterista do Sunny Day Real Estate revelou que seus dois anos no grupo liderado por Dave Grohl “quase o mataram”, e ainda que entrou no mundo das bebidas e das drogas por conta da pressão.
Vale lembrar que a treta com o músico é um pouco pesada: em meados de 1996, quando o Foo Fighters gravava o ótimo The Colour And The Shape, primeiro disco com toda a banda, Grohl regravou todas as partes de Goldsmith no álbum, resultando na saída do cara. Toda essa história foi abordada no documentário do grupo, Back And Forth (2011).
William revelou que desejou nunca ter conhecido Dave e que, desde 2002, o cantor nunca quis saber de sua situação atual. Sobre ter tido suas faixas de bateria descartadas, ele disse:
Eu trabalhei 13 horas por dia durante três semanas. Dei tudo que podia. […] Mas eu sabia que algo não estava certo. Aparentemente, Dave ia regravar algumas músicas. […] A próxima coisa que sei é que todo meu trabalho havia sumido, exceto por uma ou duas faixas. […] Seria legal se fosse metade eu e metade ele, […] mas basicamente me tiraram de tudo. […] Não estou dizendo que sou um baterista fenomenal — mas o trabalho que fiz não era ruim.
Sendo um pouco mais profundo sobre toda a briga, Goldsmith revelou:
Fui estuprado criativamente. É uma forma de falar — quando você coloca tanto de si mesmo em algo, e depois sem nem saber, é completamente destruído.
William ainda disse que Dave Grohl o convidou para continuar como baterista durante a turnê, mas “ter sofrido isso e depois sair em turnê teria destruído minha alma.” E sobre o frontman, o músico foi categórico: “ele era tipo a criança super popular na escola, mas que é má e todos ainda gostam dele.” Tenso.
Enquanto isso, o Foo Fighters está em uma turnê ao redor do mundo e prestes a lançar seu nono disco de estúdio, Concrete And Gold.