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Resenha: The Maine encerra turnê brasileira com apresentação vibrante no Rio

Os norte-americanos do The Maine se despediram do Brasil com uma apresentação contagiante no Rio de Janeiro na noite do último domingo (23).

The Maine Rio de Janeiro
Foto: Amanda Miranda/Instagram: @mirandafotografa

Fotos por Amanda Miranda

Noite de domingo na Lapa, região central do Rio de Janeiro, 18:30. Os portões do Circo Voador foram abertos oficialmente para o show de encerramento da turnê Lovely Little Lonely, do The Maine. Depois de passarem por São Paulo, Limeira, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte, a banda do Arizona desembarcou na manhã de domingo (23) no Rio de Janeiro para o último encontro marcado com os fãs brasileiros.

O lendário Circo Voador já estava movimentado desde cedo, por conta do meet & greet com a banda que aconteceu antes da apresentação. Às 17h, já havia uma fila quilométrica ao redor da casa de shows. Os sortudos, que esgotaram rapidamente o ingressos com direito a conhecer o quinteto, se dividiram em grupos para falar rapidamente com John O’Callaghan (vocal), Kennedy Brock (guitarra), Pat Kirch (bateria), Garrett Nickelsen (baixo) e Jared Monaco (guitarra).

A noite começou com o show de abertura de Michael Richardson, ex-P9, que tocou um set de aproximadamente 30 minutos de canções autorais e um cover de “Take Me Dancing”, do The Maine. A lona da casa de shows ainda não estava lotada, mas muita gente se aglomerou na pista perto do palco para acompanhar a apresentação de Michael, cujo trabalho lembra bastante o som de bandas como Mumford & Sons e Of Monsters And Men.

The Maine Rio de Janeiro
Foto: Amanda Miranda/Instagram: @mirandafotografa

Depois de muita ansiedade, a banda subiu ao palco do Circo Voador pontualmente às 20h, dando início a uma apresentação contagiante com o interlúdio “Lovely” seguido de “Black Butterflies & Déjà Vu”, faixas do álbum mais recente da banda. O vocalista John O’Callaghan já começou o show tirando o paletó florido, que combinava muito bem com as rosas que decoraram o palco durante toda a turnê. Os fãs se empolgaram com a sequência “Am I Pretty?”, “Like We Did (Windows Down)”, “(Un)Lost”, e a casa de shows quase foi abaixo com as guitarras e o coro de “My Heroine”.

Um dos momentos de maior energia e emoção pra banda e público foi “We All Roll Along”, do álbum Can’t Stop Won’t Stop, de 2008. Uma imensa faixa foi aberta na pista durante a música com a frase “With the 8123 family anywhere is home” [Com a família 8123 qualquer lugar é um lar]. 8123 é uma espécie de número mágico para os fãs do The Maine; é citado em “We All Roll Along”, pois era o número do local onde a banda começou os ensaios no início da carreira. Hoje é o nome do fandom e da loja oficial – que, inclusive, possui uma versão apenas para a América do Sul, com preços em real.

The Maine Rio de Janeiro
Kennedy Brock / Foto: Amanda Miranda/Instagram: @mirandafotografa
The Maine Rio de Janeiro
Pat Kirch / Foto: Amanda Miranda/Instagram: @mirandafotografa

O set seguiu com a poderosa “Ice Cave”, “English Girls”, que foi introduzida com O’Callaghan perguntando se alguém na plateia era de Londres. A inédita “How Do You Feel?” encantou os fãs, que não seguraram a emoção também em “Take What You Can Carry” e “Lost in Nostalgia”. Cada canção executada era recebida com muita empolgação pelo público que lotou a lona do Circo Voador naquela noite, algo muito bonito de se ver.

Sem dúvida alguma, uma característica marcante do grupo é o carisma do vocalista e sua interação com o público, agindo como um mestre de cerimônias. John brincou com um casal de namorados, atendeu ligação de uma fã que estava na beira do palco, tirou selfies, dançou até o chão e deu trabalho pros seguranças ao subir sozinho nos amplificadores da lateral do palco durante “Right Girl”. Sempre muito enérgico, John foi a ponte entre a banda, mais reservada em seus lugares, e o público durante a apresentação.

Uma das surpresas do setlist foi “Taxi”, das mais pedidas no repertório brasileiro. A faixa do Lovely Little Lonely foi tocada apenas em Brasília durante a turnê, e mesmo dizendo que não haviam ensaiado a música, apresentaram com maestria uma das favoritas do novo disco. Logo após, dois fãs foram convidados a subir ao palco para cantar o refrão de “Girls Do What They Want”. Isso tem sido rotina nas apresentações e todo fã espera ser notado pelo vocalista e escolhido para dividir o microfone.

The Maine Rio de Janeiro
O fã Victor Spinelli no palco com John O’Callaghan / Foto: Amanda Miranda/Instagram: @mirandafotografa

“Diet Soda Society” e a vibrante “Do You Remember? (The Other Half of 23)” já apontavam para o fim do setlist de 19 músicas. O The Maine se despediu dos fãs às 21:30, fechando o show com a sequência “Bad Behavior” e “Another Night on Mars”. O discurso de positividade e “acredite em si mesmo” do frontman no encerramento do show ecoou dentro da casa de shows e emocionou os fãs, atentos à mensagem. Visivelmente cansados e felizes com a recepção carioca, os caras do The Maine provaram que essa foi mais uma turnê de sucesso. E o público, definitivamente, já está pronto pra mais uma.

Confira o setlist:

01. Lovely
02. Black Butterflies & Déjà Vu
03. Am I Pretty?
04. Like We Did (Windows Down)
05. (Un)Lost
06. My Heroine
07. We All Roll Along
08. Ice Cave
09. English Girls
10. How Do You Feel?
11. Take What You Can Carry
12. Lost in Nostalgia
13. Right Girl
14. Taxi
15. Girls Do What They Want
16. Diet Soda Society
17. Do You Remember? (The Other Half of 23)
18. Bad Behavior
19. Another Night on Mars