Música

The Verve revela participação de Liam Gallagher no disco Urban Hymns

Vocalista revelou a participação secreta de Liam Gallagher no clássico álbum da banda The Verve e falou sobre vocalista do Oasis.

Richard Ashcroft
Foto: Flickr

Richard Ashcroft comentou acerca de algumas curiosidades das gravações do aclamado terceiro álbum da banda The Verve, Urban Hymns, de 1997. A menos de um mês do lançamento da edição especial em comemoração aos vinte anos do disco, o vocalista falou da “participação secreta” de Liam Gallagher.

Os fãs mais fervorosos, tanto de Ashcroft, quanto de Liam, sempre souberam que este fez alguns backing vocals na música de encerramento do disco, “Come On”. No entanto, sempre houve um certo mistério sobre o que realmente foi cantado. Em relação ao que de fato aconteceu, Ashcroft detalhou à BBC 6 Music:

Eu não acho que as pessoas saibam disso, mas se você se concentrar, poderá ouvir um demente gritando ‘come on’. Eu suponho que todos pensam que sou eu, mas eu me lembro de que foi ele quem cantou isso. Ele chegou ao estúdio com uma fita de uma música que ele gravou com John Squire [guitarrista dos Stone Roses]. Ele então fez o que normalmente faz: colocou-a para tocar umas quinze vezes seguidas. Eu toquei ‘Bittersweet Symphony’ para ele e disse ‘nós vamos gravar ‘Come On’ agora e você precisa estar nela’. Ele foi para a cabine de vocais com outra pessoa e ao final da música ele já estava alucinado, batendo seu tamborim na cabine e gritando.

Apesar da relação turbulenta dos irmãos Gallagher, Richard Ashcroft sempre teve uma grande afinidade com ambos, sobretudo devido à origem e trajetória de suas bandas. Ambas vieram da região da Grande Manchester, no norte da Inglaterra, atingiram o estrelato nos anos 90 e excursionaram juntas em diversas ocasiões. Noel, assim como Liam, sempre expressou sua admiração pelo cantor e sua vontade de gravar com ele. Em 1995, a música “Cast No Shadow”, do segundo álbum do Oasis, (What’s The Story) Morning Glory?, foi inclusive dedicada ao “gênio que é Richard Ashcroft”. Ashcroft, no entanto, apesar de feliz e lisonjeado com as declarações, sempre preferiu ficar na sua, ao invés de trabalhar com um e correr o risco de irritar o outro.