Jägermeister Grounds reafirma o grande momento que vivemos na música brasileira

Em evento com ingressos disponíveis no site da marca, Jägermeister Grounds misturou bandas, artistas, público e estúdio incrível em mais um show.

Haroldo, do MagüeRbes no Estúdio Costella
Foto por Rakky Curvelo

Em meados de 2006, conheci uma banda brasileira pela qual me apaixonei de cara, pela ironia ferrenha de seus versos e pela brasilidade de suas canções, o Meia Dúzia de 3 ou 4. Não à toa, na última quinta-feira, me lembrei dos versos de “Introdução”, primeira música do primeiro disco dos caras: “A música brasileira está morrendo de cansaço / A música brasileira está morrendo de preguiça”. E por que essa música me veio à cabeça? Por que eu não consigo me lembrar de outro momento da minha vida em que pude dizer que estamos vivendo tempos opostos aos mencionados no versinho. Ainda bem!

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MagüeRbes no Estúdio Costella. Jägermeister Grounds. Foto por Rakky Curvelo

Na última quinta-feira, o estúdio Costella recebeu a segunda noite de shows do projeto Jägermeister Grounds, iniciativa da marca de destilados para reunir, promover e celebrar a música brasileira e suas mais variadas manifestações. Na ocasião, a segunda banda Jäger Grounds, formada por Chuck Hipolitho (Vespas Mandarinas, Forgotten Boys), Tuti Camargo (Medulla, Magüerbes), Chapolla (Devilish) e Caique Fermentão (Corona Kings, Devilish), se apresentou para tocar grandes covers, canções próprias e a versão ao vivo de “Marte”, do Terminal, que gravou em estúdio. Mas antes do show, muita música rolou.

MagüeRbes, banda do irreverente Haroldo Paranhos, teve a missão de abrir os trabalhos com seu pocket show elétrico e alucinante. Para quem nunca viu uma apresentação da banda, uma surpresa. Para quem já está acostumado, a eterna pergunta: “É possível alguém se realizar tanto no que faz na vida quanto Haroldo com o microfone na mão?”. É uma resposta difícil de encontrar, mas a felicidade do vocalista e da banda executando aqueles sons próprios no Costella, interagindo com a plateia atenta que cantava junto desde músicas mais recentes, como “Obrigado vida” até “Cyndi Lauper”, foi uma parte da noite que ficará para a memória. Mas não parou por aí.

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O Devilish subiu ao palco com uma proposta completamente diferente da do MagüeRbes e segurou a onda: a guitarra em chamas de Paulo Ratkiewicz e seus vocais explosivos agitaram a turma que aguardava a Banda Jäger Grounds com o puro creme do punk rock! Com músicas como “You’re not my Guest” e “The Wolf Has Willed It” era difícil (BEM DIFÍCIL) ficar parado!

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Devilish no Jägermeister Grounds. Foto por Rakky Curvelo.

Quando a banda Jäger Grounds subiu ao palco, foi confusão, gritaria e muita festa: a ordem era fazer o público vibrar e esse trabalho não foi nada difícil! O show veio com sucessos das bandas envolvidas, grandes covers e até o microfone disponível pra quem quisesse cantar junto: e é claro, muita gente cantou. Desde a cover de “Marte”, do Terminal, que já tinha sido anunciada por aqui, até “Tarde de Outubro”, do CPM 22, que tira qualquer cidadão de bem do seu autocontrole, a festa se encaminhava para um fim épico.

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Banda Jäger Grounds no Estúdio Costella. Foto por Rakky Curvelo

Mas o que poderia finalizar aquele espetáculo mostrando o que a música brasileira tem o poder de fazer quando bandas, produtores, assessores e jornalistas se unem para defendê-la? Quando o último acorde soou, o público começou a pedir mais, clamando por uma voz que ainda não tinha cantado por ali (mas que estava lá garantindo o melhor para a noite). Os gritos por “Deb! Deb! Deb! Deb! Deb!” foram atendidos quando a fofa da Deb, do Deb and the Mentals aceitou dar uma palhinha.

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Banda Jäger Grounds + Deb (Deb and The Mentals). Foto por Rakky Curvelo.

Mistura completa, a alegria do público e das bandas e a vontade de fazer tudo aquilo ser perfeito mostraram, mais uma vez, o poder que a nossa música brasileira tem de fazer história e de mudar vidas. E se você ainda gosta do discurso de que o rock brasileiro morreu, de que a nossa música não tem mais criatividade e de que estamos fadados ao fracasso, eu só posso concluir que é porque você não olhou direito!

Jägermeister Grounds

Você pode ver como foi a primeira edição do projeto, com outro supergrupo que teve integrantes de CPM 22, Vivendo do Ócio, Color For Shane e Sky Down clicando aqui.

Para saber todas as informações sobre o próximo evento, é só clicar aqui.

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