Você já conhece a Sent U Feelin? Pois ela é uma banda do Rio de Janeiro que pretende dar o que falar.
Formada por Pedro Neves (guitarra e voz), Thadeu Galvani (guitarra e backing vocals), Gustavo von Borell (guitarra), Luiz Tepedino (baixo), Vic Delnur (teclado e guitarra) e Vinicius Filgueiras (bateria). Entre as músicas que mais se destacam de seu primeiro álbum, Keep Moving, todo gravado em inglês, estão “One Day”, “Be Yourself” e “As I Say”. Agora, a Sent U Feelin se prepara para lançar canções em português e assim tentar consolidar seu público no Brasil. O Tenho Mais Discos Que Amigos conversou com a banda para conhecer melhor esses planos e o resultado da entrevista você confere abaixo:
TMDQA: Como e quando a Sent U Feelin surgiu?
Sent U Feelin: A banda começou em 2012 de uma maneira informal, amigos curtindo juntos, compartilhando seus gostos musicais e referências. Então a gente começou a tocar juntos e assim teve início a história da Sent U Feelin. A partir daí, nós recebemos muitos elogios de amigos e das pessoas que assistiam nossos shows, impulsionando para que tudo fosse ficando cada vez mais sério.
Aos poucos, a Sent U Feelin foi tocando em grandes eventos, como a festa de abertura do WCT Oi Rio Pro 2014 e 2015, que teve os Detonautas como atração principal. Nesta época, abrimos o show da Slightly Stoopid no Circo Voador e, mais recentemente, tocamos juntos com a Citizen Cope e a Pepper, no XII Festivalma, na Praia do Arpoador, em abril deste ano.
TMDQA: A Sent U Feelin faz um som mais puxado para o reggae rock, quais são as influências musicais que a banda carrega?
Sent U Feelin: Nós não gostamos de rótulos. O nosso som é baseado realmente em nossas influências, musicalidade e gosto de cada um dos integrantes, formando uma unidade. A Sent U Feelin toca o que a gente gosta de ouvir, passeando pelo reggae e pelo rock de forma natural. Nossas principais referências na música são Sublime, Audioslave, The Police, Charlie Brown Jr., Ozzy Osbourne, Metallica, Sticky Fingers, Fat Freddy’s Drop entre outras. Além disso, a gente curte escutar grupos como Snarky Puppy, que são conhecidos pelo jazz fusion.
TMDQA: Vocês já têm um CD lançado nas plataformas digitais, existem novas composições que possam vir a compor um segundo álbum?
Sent U Feelin: Em 2016, lançamos na plataformas digitais o nosso primeiro álbum, “Keep Moving”, que tem 12 faixas, todas em inglês, trazendo uma identidade musical bem específica. O disco mistura rock, reggae, entre outras influências. Agora, a Sent U Feelin está gravando um novo single, que fala na letra sobre questões que o nosso país atravessa. A música se chama “Baixar a Arma” e será disponibilizada em nossas plataformas digitais em breve. Para o ano que vem, estamos preparando o segundo disco, que ainda está nos estágios iniciais e será gravado todo em português.
TMDQA: Como a Sent U Feelin enxerga o mercado atual do rock? A cena cresce ou perde espaço?
Sent U Feelin: O cenário hoje em dia está em baixa. Vemos por aí o sertanejo e o funk, por exemplo, ganhando cada vez mais espaço na mídia, em detrimento do rock. É preciso renovação para que as bandas possam voltar a crescer. Falta incentivo de empresários e produtoras de evento para criar uma nova cena, que permita que o rock seja grande novamente, da forma quando surgiram bandas nacionais do gênero, como Legião Urbana, Capital Inicial e Paralamas do Sucesso, nos anos 1980. Não podemos perder a esperança e acreditamos que é possível começar um movimento que influencie nossos jovens, abrindo caminho também para que outras bandas ganhem destaque.
TMDQA: Com relação aos shows, a banda está em turnê?
Sent U Feelin: No início do mês, a Sent U Feelin fez dois shows na Babilônia Feira Hype, no Rio de Janeiro. No momento, estamos compondo as canções do próximo disco e fechando as datas dos shows futuros na agenda. Em novembro, nós vamos tocar na festa Arca de Noé, na Barra da Tijuca.
TMDQA: Olhando para o futuro, onde a Sent U Feelin pretende chegar? Quais são os planos a longo prazo?
Sent U Feelin: Nossa meta é atingir o maior número de pessoas possível. Todos nós temos o desejo que a nossa música possa chegar no mundo inteiro, ultrapassando a barreira da língua. Mas estamos dando um passo de cada vez. Toda vez que a gente conquista um novo fã, nós ficamos muito felizes. Afinal, fazemos o que fazemos para tocar o coração das pessoas, não apenas os ouvidos.