A gente já vem falando sobre a banda brasileira Ego Kill Talent por aqui há algum tempo.
Os caras lançaram um disco em 2017, abriram para o System Of A Down, tocaram no festival Download Paris e têm feito shows pelo Brasil com bastante frequência.
Pois bem, hoje o grupo teve a tarefa de abrir o Palco Sunset no Rock In Rio e mostrou para um público bem grande (talvez o maior do horário em todos os dias de festival) que faz rock and roll dos bons.
O Ego Kill Talent é novo mas seus integrantes são mais do que experientes no rolê: o vocalista Jonathan Corrêa tem história com a banda Reação em Cadeia e o baterista Jean Dolabella já tocou com nomes como Sepultura e com o Diesel, participante do Rock In Rio III, em um já longínquo ano de 2001.
Outros músicos da banda, como Niper Boaventura (Pulldown), também têm chão e já tocaram em bandas que fizeram barulho no underground, então dá pra dizer que o Ego Kill Talent é uma espécie de supergrupo que, a cada show, amadurece em grandes doses.
A banda faz uma mistura de hard rock com stoner e grunge, e além de seus instrumentistas mandarem muito bem no que fazem, ainda há vários trechos onde os parceiros de banda trocam de papel entre si, e saem da bateria para a guitarra, da guitarra para o baixo e do baixo para a bateria.
Se isso pode parecer estranho e dar a percepção de que cada música terá uma pegada diferente, você se engana: a energia da apresentação, a cadência e a sonoridade do Ego Kill Talent como um todo continuam lá em cima, e é incrível como a máquina funciona bem ao vivo.
Mesmo cantando em Inglês, muita gente ali perto da grade sabia as músicas da banda de cor e gritou o seu nome em alto e bom som, também acompanhando com palmas, socos no ar, mexidas de braço e tudo que a banda pedia do palco: o jogo foi ganho.
Merecidamente o Ego Kill Talent ganhou um espaço no Rock In Rio e também merecidamente foi reconhecido pelo público. Palco Mundo em 2019 não seria nada mal, hein?