Por Nathália Pandeló Corrêa
Elza Soares segue rodando o Brasil e outros países com A mulher do fim do mundo, álbum que lançou em 2015 e foi eleito o melhor daquele ano aqui no site. Nesse meio tempo, ainda conseguiu se dedicar a projetos paralelos como o álbum Elza canta e chora Lupi, em que apresenta canções de Lupicínio Rodrigues; e no show “A Voz e a Máquina”, formato que traz canções de outras fases de sua carreira, bem como releituras surpreendentes. Após reformular o show, Elza sobe ao palco do Teatro Cetip, em São Paulo, na próxima terça (07/11) com novo repertório.
A ideia, no entanto, segue a mesma: a de reinventar sua voz – uma das mais reconhecíveis da música brasileira – ao lado dos DJs Ricardo Muralha e Bruno Queiroz e do guitarrista Caesar Barbosa (o trio também assina a produção musical e arranjos). São samples, loops, drum machines e synths dando forma a uma voz processada, desconstruída e reconstruída. Pra acompanhar, uma sequência de video mapping cria projeções em um cenário em branco.
Em uma conversa telefônica com o Tenho Mais Discos Que Amigos, Elza comentou esse encontro entre o digital e o orgânico.
“Eu gosto. É essa mistura que me faz feliz. Você vai buscando, cavando e você encontra uma resposta maravilhosa, como com ‘A mulher do fim do mundo’. E ‘A voz e a máquina’ não vai perder essa grande oportunidade de ser uma coisa boa. A gente batalha, muito. A gente fica desde as 6 da manhã estudando, até encontrar algo que nos agrade”, explicou.
“A Voz e a Máquina” é, para Elza Soares, a oportunidade de se manter criando. Enquanto começa a pensar no sucessor de “A mulher do fim do mundo”, a cantora escolheu a dedo o repertório do novo show, que tem, por exemplo, Beyoncé, em uma interpretação de “Naughty Girl”.
“Eu canto o que gosto de cantar,” explicou Elza, que também canta Chico Buarque (“Cálice”), sem deixar de lado o seu próprio legado musical, com “A Carne”, “Hoje é dia de Festa” e “Saltei de Banda”. “A Voz e a Máquina” é pop, é samba, é jazz, é eletrônico.
Na primeira versão desse espetáculo, ela rodou o país com participações de convidados especiais – como Emicida, Otto e Gaby Amarantos. Agora, “A Voz e a Máquina” reestreia com setlist renovado, mas sem abrir mão da irreverência de Elza Soares, que brinda o público com suas histórias sobre sua carreira, com muito bom humor.
Serviço
Elza Soares: A Voz e a Máquina
Data: 07/11/2017 (terça-feira)
Horários: primeira sessão às 19h (ingressos disponíveis); segunda sessão às 21h (ingressos esgotados)
Local: Teatro Cetip (Instituto Tomie Ohtake)
Endereço: Rua Coropés, 88 – São Paulo/SP
Ingressos: http://bit.ly/2tJnv85
Inteira: R$140
Estudantes, demais beneficiários da meia entrada e clientes Porto Seguro: R$70