O guitarrista Wes Borland falou recentemente com o podcast Let There Be Talk sobre o enrolado processo de gravação e produção do sexto disco de estúdio do Limp Bizkit, Stampede Of The Disco Elephants.
O álbum está sendo gravado/produzido desde 2012, já enfrentou duas trocas de gravadora, a demissão, retorno e nova saída do DJ Lethal, teve quatro singles oficialmente lançados (“Ready To Go”, “Thieves”, “Lightz” e “Endless Slaughter”), o seu processo interrompido inúmeras vezes… e nada de ver a luz do dia.
Em fevereiro de 2016 cobrimos uma nova tentativa da banda de retomar os trabalhos em estúdio, onde Fred Durst estaria gravando (e descartando) vocais para 28 novas músicas do álbum, que tinha data de lançamento prevista para o segundo semestre de 2015.
Agora, Wes abordou o tema e foi bastante transparente a respeito do status em que o trabalho se encontra:
Temos um disco em produção há um longo tempo que está… você sabe, não está em um ponto onde eu ache que ele não vai ser finalizado tão cedo — talvez seja, mas eu não tenho certeza.
É um apanhado de músicas que estamos cozinhando há uns quatro anos já. De pouco em pouco vamos adicionando algumas coisas a elas. Mas eu acho que estamos tão focados em coisas diferentes que gravar um disco novo do Limp Bizkit se tornou meio difícil.
O guitarrista continuou o seu desabafo usando a distância geográfica e criativa entre os membros da banda como motivos para a falta de interesse em concluir o trabalho, e acabou se questionando se não haveria também falta de interesse dos próprios fãs em ouvir novas músicas do Limp Bizkit:
Nenhum de nós… não moramos na mesma cidade mais. Então eu não tenho certeza do que será disso, quando será lançado, ou o que está rolando agora com esse material.
É estranho estar em uma posição onde você pensa ‘tanto faz, ninguém quer ouvir esse material mesmo’. As pessoas vão aos shows pela nostalgia e querem ouvir os sons antigos, então, qual é a razão em fazermos um disco novo nesse ponto se todos nós estamos interessados em criar outro tipo de música de qualquer jeito? Se for pra acontecer, acontecerá em algum momento.
Wes também disse estar focado em projetos próprios e se questiona sobre as decisões da banda na época do disco Gold Cobra, lançado em 2011 e mal-recebido pela crítica:
“Nós falamos bastante sobre um disco novo. Agora eu estou curtindo gravar discos que eu produzo pra mim mesmo. Se houver um novo disco do Limp Bizkit ele será lançado quando for lançado. Eu acho que nós estávamos muito empolgados na época do Gold Cobra para lançar algo novo. Mas aí, eu não sei. Não foi a coisa certa, não era o material certo, não era a hora certa, eu acho.”
Pelas declarações feitas nessa entrevista com Wes Borland, acreditamos que os fãs terão que esperar sentados para ouvir o disco que já foi considerado como o “Chinese Democracy do New Metal”.
Enquanto aguardamos, dá pra conferir o novo álbum da banda do guitarrista, Big Dumb Face, que lançou o disco Where is Duke Lion? He’s Dead… nesse último dia 31 de Outubro.