LuKaSH discute a violência contra a ancestralidade negra em novo clipe

Carioca LuKaSH une forças com companhia de teatro do Morro dos Prazeres e diretor premiado no festival de cinema de Cannes em novo vídeo.

Lukash - Xangô

Em um momento delicado de violência contra religiões africanas e no mês da Consciência Negra, o cantor e compositor LuKaSH sai de cena em seu novo vídeo para dar espaço aos atores da Cia dos Prazeres, da comunidade de mesmo nome, brilharem no vídeo para a música “Xangô”, que você vê em primeira mão no TMDQA!.

“Em tempos como esse que vivemos agora, toda obra de arte é urgente: cada filme, peça de teatro, videoclipe, pintura pode ser uma ferramenta para discutirmos com profundidade as questões urgentes que nos assolam”, explica LuKaSH.

E é buscando uma nova reflexão que ele se volta para a ancestralidade e para a figura do orixá da justiça, que é tema da canção. O objetivo é trazer a ideia da proteção da divindade para para as pessoas que não a recebem do estado. A canção é um grito por Justiça, uma oração, um mantra de proteção e ganhou um registro feito pelo artista em parceria com o cineasta Renato Vallone, vencedor do festival de Cannes (ao lado de Eryk Rocha, com o filme “Cinema Novo”).

Artista completo, LuKaSH é a persona musical de Lucas Weglinski que no palco mostra as habilidades adquiridas no Terreiro Eletrônico da Rua Jaceguai, o mítico Teatro Oficina Uzyna Uzona. Ingressando o grupo a convite de Zé Celso Martinez Corrêa, LuKaSH rodou o Brasil com peças icônicas, como a montagem de “Os Sertões”. Em 2012, ele fundou a Cia dos Prazeres, com aulas de teatro e arte para os moradores da comunidade. Com a própria companhia, escreveu e dirigiu nove óperas populares, unindo os moradores do Morro com artistas consagrados do eixo Rio-São Paulo.

“Xangô” é a faixa de abertura de Fogo, disco de estreia do artista e destaque na imprensa especializada. O lançamento do clipe faz parte das últimas ações do álbum lançado em 2016. LuKaSH já prepara o repertório de Venta, previsto para o primeiro semestre de 2018.

Veja “Xangô”: