30 – Tulipa Ruiz – TU
TU não tem esse nome (e essa capa) à toa: aqui, Tulipa Ruiz trabalhou com seu irmão, Gustavo Ruiz, e fez questão de dizer que “TU sou eu e é você. TU é a gente. TU também é dois. Two. Eu e Gustavo”.
A cantora decidiu abordar a gravação de forma minimalista, com um violão, uma voz, algumas percussões e muita entrega. O resultado é um disco delicioso de inéditas e releituras.
Gênero: MPB
29 – Vanguart – Beijo Estranho
Mais seguro de si, o Vanguart resolveu se afastar da abordagem que havia tomado há mais de três anos em seu último disco e lançou Beijo Estranho em 2017.
O quarto álbum da banda foi definido pelos próprios como um dos mais difíceis de serem digeridos pelos fãs, mas nessa busca por novas experiências e temas, a banda acabou lançando um dos pontos altos da carreira.
Gênero: Folk / Rock Alternativo
28 – Otto – Ottomatopeia
Com clima de bar de beira de estrada, no melhor sentido possível da expressão, Otto se entrega de corpo e alma em Ottomatopeia, um disco versátil (as participações vão de Andreas Kisser a Roberta Miranda) e irresistível. Mais uma adição de peso pra ótima discografia recente do pernambucano.
Por Guilherme Guedes
Gênero: MPB
27 – Jonathan Tadeu – Filho do Meio
De forma honesta e sincera, Jonathan Tadeu trabalha com um querido tom intimista em Filho do Meio. O disco demonstra arranjos bem voltados para a eletrônica, mas sem sair da música indie, aliando tudo a letras que descrevem acontecimentos de sua vida e reflexões pessoais.
Por Matheus Anderle
Gênero: Indie
26 – gorduratrans – Paroxismos
Em paroxismos, segundo disco da dupla carioca gorduratrans, sentimentos melancólicos são aliados a instrumentais sujos e pesados, resultando num trabalho que bebe muito da fonte do shoegaze, mas com um toque único de estilos como emo e rock alternativo.
Por Matheus Anderle
Gênero: Shoegaze / Rock Alternativo
25 – My Magical Glowing Lens – Cosmos
A talentosa Gabriela Deptulski vem chamando a atenção da gente há muito tempo e em 2017 resolveu transformar o My Magical Glowing Lens em uma banda propriamente dita.
A partida da “carreira solo” e a empreitada em um grupo com outros músicos acabaram resultando em um registro interessante sobre a natureza, o espaço, as amizades e mais, tudo muito bem embalado pela psicodelia.
Gênero: Rock Psicodélico
24 – Xenia França – Xenia
Vocalista do Aláfia (que em 2017 também lançou o ótimo São Paulo Não é Sopa), Xenia França passeia por campos sonoros mais suaves em XENIA, seu primeiro álbum solo. Mas engana-se quem pensa que os toques de soul, jazz e R&B tiram o tempero do disco, pelo contrário; a sonoridade menos abrasiva que a do Aláfia dá ainda mais espaço para que Xenia discorra sobre os dilemas de gênero e raça em linhas vocais irresistíveis.
Por Guilherme Guedes
Gênero: R&B
23 – Negro Leo – Action Lekking
Action Lekking traz o Negro Leo que aprendemos a apreciar com os ótimos lançamentos dos anos anteriores: um compositor e performer voraz, insaciável, farejador de convulsões sociais. No novo álbum, ele é (muito bem) acompanhado pela bateria de Sérgio Machado e pelo baixo de Fábio Sá, criando um jazz punk urgente e essencial no Brasil contemporâneo.
Por Guilherme Guedes
Gênero: Jazz-Punk
22 – Cafe Republica – Caravana
Com Caravana, o Cafe Republica consolidou seu espaço na cena carioca. Misturando psicodelia e música brasileira, o resultado são nove faixas maduras que remetem à bandas brasileiras das décadas de 60 e 70.
Por Matheus Anderle
Gênero: Rock Psicodélico / Alternativo
21 – Arto Lindsay – Cuidado Madame
Guitarras ácidas se ambientam sobre beats e batuques para compor a sonoridade de um dos discos mais interessantes do ano. Arto nasceu nos Estados Unidos, o que talvez impedisse a entrada dele na lista de álbuns nacionais. Mas radicado no Brasil, com um currículo que inclui parcerias com Caetano Veloso, Tom Zé e Gal Costa, e alianças com Omulu, Lucas Santtana e Dadi (dos Novos Baianos) nesse novo álbum, Lindsay criou um trabalho desafiador, ousado e legitimamente brasileiro.
Por Guilherme Guedes
Gênero: MPB / Eletrônico