Quem conhece a história do Oasis provavelmente sabe que os irmãos Gallagher tiveram uma infância um tanto problemática por conta dos abusos do pai, Thomas, que era alcoólatra e batia frequente nos seus filhos.
Agora, em uma nova entrevista para o Telegraph, Liam Gallagher entrou em maiores detalhes sobre sua infância e sua relação com o pai.
“Eu tinha cerca de sete anos quando minha mãe deixou meu pai”, começou. “Ele estava fora de si o tempo todo, brigando, batendo na minha mãe, batendo no Noel e no Paul. Mas ele nunca tocou em mim. Então, numa noite em que ele estava fora, minha mãe chamou os irmãos, colocou todas as nossas coisas em um caminhão, deixou um colchão para ele e nós fomos para uma nova casa.”
Foi imediatamente melhor para todos nós… Eu sempre estava fora de casa jogando futebol, cheio de energia, nunca depressivo, sem me sentir sozinho, só reunindo minha turma e então saindo por aí. Sempre indo atrás de garotas — mas quando eu me dava bem, eu só pensava, ‘Eu preferiria estar saindo com os caras’. Burnage foi um ótimo lugar para eu ter crescido. Não é tão ruim como as pessoas acham. Fica entre Didsbury, que é uma área legal, e Heaton Moor, um lugar de ricos. Em Manchester, todo mundo quer morar lá.
No entanto, Liam ainda disse que essa não foi a última vez que viu seu pai:
Eu sentia falta dos meus amigos. Nós só havíamos nos mudado um pouco acima da estrada, mas eu não podia voltar pra nossa antiga área porque ele sempre estava por lá. Quando eu matava aula, eu avistava ele. Eu ficava lá, fumando um cigarro com meus colegas, ele nos via e saía correndo atrás de nós, gritando ‘Pra onde vocês foram, seu idiota?’ Porque ele não sabia pra onde nós havíamos nos mudado. Eu sempre conseguia fugir dele.
Ao ser perguntado o que o Liam de antigamente acharia do Liam de agora, o músico respondeu:
Meu eu de 16 anos imaginava estar em uma banda do mesmo jeito que eu estou agora. A música nunca me deixou na mão. É tudo o que eu sempre imaginei que seria. Mesmo quando as coisas ficaram ruins entre mim e Noel no fim do Oasis, ainda era melhor do que cavar buracos.
O meu eu de antigamente não estaria surpreso em relação a como as coisas acabaram acontecendo. Eu penso alto, cara, toda hora. Meu eu jovem provavelmente falaria ‘Cara, poderia ter sido ainda maior’.
Leia a entrevista na íntegra clicando aqui.