A divertida maturidade d’O Terno rendeu um grande show no Lollapalooza Brasil

Dessa vez com um público bem maior do que a última vez em que esteve no Lolla, O Terno entregou uma apresentação divertida e emocionante.

Foto: Mila Maluhy/Lollapalooza
Foto: Mila Maluhy/Lollapalooza

A banda brasileira O Terno não era estreante no Lollapalooza Brasil, mas definitivamente fez do seu show na edição de 2018 algo muito mais grandioso do que a participação anterior há alguns anos.

Tudo começou por um horário bem melhor, às 16:10, que permitiu que a base de fãs do grupo se aglomerasse em peso à frente do palco para assistir a eles. Concorrendo com o badalado Anderson .Paak, o grupo brasileiro reuniu muita gente no Palco Axe.

No show, a banda misturou músicas de suas diversas fases e mostrou o rock engraçadinho do início de carreira, mas baseou a apresentação em canções mais densas e soturnas, sempre cantadas pelo público, que tanto se divertia quanto compartilhava da dor quando Tim Bernardes mostrava suas composições inspiradas sobre fatos da vida com os quais é muito fácil se identificar.

Foi o caso de “Volta”, por exemplo, cantada a plenos pulmões por uma plateia encantada, o que também aconteceu em “Melhor do que Parece”.

Sobre a setlist do show, a banda nos contou um pouco de como funcionou a escolha:

A gente pegou o set que temos feito com os metais e ele tem uma hora e vinte, é mais longo… e foi um trampo de olhar quais que são as mais legais e relevantes. É pegar o “best of” desse repertório de 20 músicas e transformar em 14. Foi meio natural, muitas vezes as que a gente mais gosta coincidem com as que o público mais gosta. […]

Ao final do show veio o hit “66” e uma performance cheia de graça com Tim largando a guitarra, deitando no palco e indo para a plateia. No meio da canção, uma pausa para a simpática moça do Google Tradutor fazer uma participação e arrancar gargalhadas de todo mundo que estava ali.

Estamos felizes. Tem várias coisas que você pensa como vão ser, se vão dar certo. Hoje foi um dia extremamente feliz pra gente. […] A equipe é muito boa, o público é muito bom e o som estava muito bom. Tudo foi feito com muito carinho e deu certo. Testamos coisas novas de projeção e de figurino, e parece que foram boas escolhas.

O Terno cresceu em todos os sentidos e seus fãs compartilham da alegria e da tristeza das músicas do grupo da mesma forma e com o mesmo entusiasmo. É uma banda que fala sobre a vida, pra gente levar pra vida.