Estamos cada vez nos adentrando mais em 2018 e, com isso, já temos uma vasta gama de excelentes discos disponíveis. Se você ainda não começou a acompanhar os lançamentos do ano, tome cuidado para não deixar acumular o “dever de casa”!
Esse mês, vimos a estreia de excelentes bandas da cena underground como Soccer Mommy e Superorganism, como também recebemos materiais novos de bandas e artistas consagrados como Judas Priest, Jack White e David Byrne.
Além disso, a cena nacional também está empolgando muito, com discos incríveis de projetos como El Efecto e Rubel.
Confira nossa extensa lista de lançamentos do mês e encontre algo que seja do seu gosto!
Soccer Mommy – Clean
O Soccer Mommy, projeto criado pela cantora Sophie Allison, lançou no começo desse mês o seu primeiro álbum de estúdio, Clean. O trabalho mistura sonoridades de estilos como bedroom pop e indie rock, criando uma atmosfera interessante que vem chamando a atenção da crítica mundial.
Andrew W.K. – You’re Not Alone
Oito anos após seu último disco, Andrew W.K. está de volta mais motivador do que nunca com You’re Not Alone. “Eu queria transmitir o som de um poder puro, não adulterado”, disse o cantor sobre seu novo material.
No disco, os fãs irão encontrar a icônica energia presente nos trabalhos anteriores do músico — um rock n’ roll direto, sem muitas firulas.
El Efecto – Memórias do Fogo
Vai ser difícil encontrar um outro disco nacional desse ano que seja tão eclético e, ao mesmo tempo, tão coeso como o novo da banda carioca El Efecto.
Memórias do Fogo possui músicas que misturam samba com metal, reggae com indie rock e hip-hop e muito mais. É um trabalho que integra diferentes estilos e culturas e alia essas influências com letras repletas de críticas políticas e sociais.
Desde já, um dos melhores trabalhos do ano.
Moby – Everything Was Beautiful, and Nothing Hurt
Após recentes aventuras pelo rock, o músico Moby mergulhou no trip hop com seu novo álbum de estúdio, Everything Was Beautiful, and Nothing Hurt. O título do disco é uma referência a Slaughterhouse-Five, famosa obra do escritor Kurt Vonnegut.
Disaster Cities – LOWA
A banda brasileira Disaster Cities lançou um dos discos que já está entre os destaques do ano no rock nacional.
Misturando grunge, stoner rock e conceito no universo das religiões africanas, o trio mandou bem demais com LOWA, que tem grandes canções e clipes muito bem feitos como o de “Mice And Trash Cans”.
Superorganism – Superorganism
Em seu primeiro álbum de estúdio, o Superorganism mistura samples de objetos, filmes e outras coisas bizarras com melodias pop e letras inofensivas. O resultado é interessantíssimo e se diferencia de outras bandas do indie pop.
Caso se interesse pelo trabalho do grupo, leia nossa entrevista com a vocalista Orono Noguchi clicando aqui.
Albert Hammond Jr. – Francis Trouble
Apesar de apresentar melodias e ritmos dançantes em certos pontos, o novo álbum de Albert Hammond Jr. foi escrito ao redor de um conceito trágico: seu irmão gêmeo Francis, que acabou nascendo morto.
Em certos momentos, Francis Trouble se assemelha ao trabalho de Hammond no The Strokes — sendo provavelmente o projeto mais próximo do som “original” da banda.
David Byrne – American Utopia
Após todas as suas contribuições para a música, David Byrne poderia simplesmente “se aposentar” dos estúdios e viver da glória conquistada ao longo das últimas décadas.
No entanto, o excelente músico se recusa a parar e está de volta com um novo disco bem interessante. Embora American Utopia não reinvente a roda e não se compare ao que o cantor já compôs com o Talking Heads, o resultado ainda é de altíssimo nível e muito bem produzido, misturando estilos musicais com maestria e maturidade.
Odradek – Pentimento
Odradek é um power trio de Piracicaba que resolveu lançar um disco cheio e não teve pressa para produzi-lo.
Cada vez que a banda chegava perto de concluir o álbum, novas ideias apareciam e o Odradek voltava a trabalhar em cima delas, chegando a Pentimento, cujo nome traduz uma técnica das artes plásticas que permite reparos e transformações no meio da criação.
No álbum aparecem letras em Português, novidade para a banda, e experimentações com elementos eletrônicos.
Editors – Violence
O Editors começou sua carreira na virada do século com um excelente som que misturava pós-punk e indie rock.
No entanto, a banda decidiu ir renovando sua sonoridade ao longo dos anos e Violence é a maior prova da drástica mudança na trajetória do grupo. Nele, o grupo mistura influências eletrônicas com um toque bem pesado de rock que surpreendeu muita gente.
The Fratellis – In Your Own Sweet Time
Três anos após o lançamento de seu último disco, a banda The Fratellis está de volta com melodias renovadas e uma sonoridade um tanto diferente de seus trabalhos anteriores em In Your Own Sweet Time, seu quinto álbum de estúdio.
Judas Priest – Firepower
Os veteranos do Judas Priest decidiram balançar um pouco seu estilo ao contratar dois produtores bem diferentes para gravar seu novo álbum, Firepower.
A ideia do trabalho é misturar o heavy metal clássico pelo qual o grupo se popularizou com estilos e tendências mais modernas do gênero.
Independentemente de achar a ideia boa ou não, o fã de metal deveria conferir esse disco, que tem batido alguns recordes comerciais na carreira dos caras.
Myles Kennedy – Year of the Tiger
Após anos liderando o Alter Bridge e participando de projetos com músicos como Slash, o cantor Myles Kennedy acaba de lançar seu primeiro álbum solo de fato.
Year of the Tiger mostra um lado novo do cantor e permeia temas melancólicos — em especial, a morte do pai do cantor.
Suicidal Tendencies – Get Your Fight On! (EP)
Embora esteja planejando lançar um novo álbum de estúdio em breve, o Suicidal Tendencies decidiu dar um presentinho aos fãs com um novo EP que reúne diversas regravações e até mesmo um cover do Stooges.
Rubel – Casas
Repleto de letras com temas pessoais, o novo álbum do Rubel é uma coleção de músicas com arranjos agradáveis enraizados na onda da “nova MPB”.
Casas ainda conta com participações dos rappers Emicida e Rincon Sapiência.
Mount Eerie – Now Only
Ano passado, o músico Phil Elverum lançou um dos discos mais tristes já compostos sob o projeto Mount Eerie.
O trabalho A Crow Looked At Me reunia canções que comentavam sobre a morte e o subsequente luto da esposa de Phil, que faleceu devido a um câncer terminal e o deixou junto de uma filha recém-nascida.
Um ano depois, Elverum decidiu gravar mais uma série de canções que também retratam o seu luto e tentativa de superação. Now Only vem sendo bem elogiado pela crítica e pelos fãs e é uma experiência única para os amantes de música.
Sorority Noise – YNAAYT
Um ano após lançar seu último álbum de estúdio, o Sorority Noise decidiu revisitar You’re Not As ___ As You Think através de arranjos orquestrais mais íntimos, completamente diferentes da vibe punk original de cada música.
O resultado, YNAAYT, saiu esse mês e é uma pedida interessante tanto para os fãs da banda como para quem quiser digerir as letras depressivas do grupo de uma forma diferente.
Stone Temple Pilots – Stone Temple Pilots
Após a morte de dois de seus vocalistas (Scott Weiland e Chester Bennington), muita gente imaginava que o Stone Temple Pilots iria encerrar suas atividades de vez.
No entanto, a banda contratou Jeff Gutt para assumir os vocais e decidiu gravar um novo álbum de estúdio que, enquanto não mostra algo muito diferente do comum, promete agradar os fãs com músicas seguras e polidas.
Yo La Tengo – There’s A Riot Going On
O povo experiente do Yo La Tengo lançou um novo disco que passou despercebido por muita gente esse mês. Com seu novo trabalho, o grupo indie mostra que não são necessárias grandes inovações no som quando você faz muito bem o seu trabalho.
George Ezra – Staying at Tamara’s
Após estourar em 2014, o jovem cantor George Ezra decidiu tomar seu tempo para escrever seu segundo álbum de estúdio.
O resultado disso, Staying At Tamara’s, engloba influências modernas ao folk popular do músico em ritmos mais dançantes e bem interessantes.
Guided By Voices – Space Gun
Nós vamos confessar: não é fácil acompanhar a carreira do Guides By Voices.
Em seus trinta anos de carreira, a banda já chegou a lançar vinte e cinco (!) álbuns de estúdio — o último deles, Space Gun, saiu esse mês. Com quinze músicas compostas por Robert Pollard, o trabalho mostra, mais uma vez, um indie rock maduro e experiente.
Jack White – Boarding House Reach
Anos após o lançamento de Lazaretto, Jack White está de volta com uma sonoridade incrivelmente ousada e experimental.
Em Boarding House Reach, o guitarrista mostra ao público diferentes lados de seu som: jams, baladas calmas e riffs repletos de fuzz são interligados com novas influências eletrônicas.
Preoccupations – New Material
Tendo conquistado elogios da crítica com seu post-punk na época do Viet Cong e até mesmo com o primeiro disco sob seu novo nome, o Preoccupations decidiu misturar um pouco as coisas com seu novo álbum New Material.
Nele, sintetizadores e influências eletrônicas dão um ar mais dançante e new wave para o grupo, embora isso não signifique que o resultado não esteja à altura de seus trabalhos anteriores.
Frankie Cosmos – Vessel
Frankie Cosmos é o nome do projeto de Greta Kline, cantora e compositora americana.
Em Vessel, seu terceiro álbum de estúdio, Kline segue com suas melodias indies “largadas”, esbanjando arranjos calmos e lembrando artistas como Mac DeMarco.
Kate Nash – Yesterday Was Forever
Em seu novo álbum de estúdio, Kate Nash mistura indie com rock, pop, garage punk e muito mais. O trabalho conta com quatorze músicas inéditas e é o primeiro disco da cantora em cinco anos.
The Vaccines – Combat Sport
A banda The Vaccines pode ter saído um pouco dos holofotes da mídia ao longo dos últimos anos, mas ainda assim continua se dedicando para aperfeiçoar cada vez mais seu rock britânico. O novo disco do grupo não reinventa a roda, mas possui melodias cativantes e agradou muita gente.
The Voidz – Virtue
Após encurtar seu nome para apenas The Voidz, o projeto paralelo de Julian Casablancas está de volta com a mesma vibe (bem) alternativa de indie rock com seu novo álbum de estúdio. O trabalho acaba se distanciando cada vez mais do passado de Julian no Strokes e não se envergonha de experimentar com estilos e melodias ousadas.
Igapó de Almas – Laborioso Vinho
Quem for ouvir o novo disco do Igapó de Almas, banda formada em Natal, encontrará uma mistura única de rock, jazz, música experimental e até mesmo ritmos indígenas.
O trabalho conta com treze músicas e participações de artistas como Luísa Guedes, Clara Pinheiro, Tiago Landeiro e outros.
Puppi – Marinheiro de Terra Firme
Puppi é um violoncelista italiano radicado no Rio de Janeiro. Com Marinheiro de Terra Firme, o músico reflete sobre imigração através de ritmos instrumentais que permeiam estilos como pop, drum n’ bass e até mesmo música clássica.
Kassin – Relax
Kassin é um dos produtores mais importantes da música brasileira.
O cara já trabalhou com nomes que vão de Los Hermanos a Erasmo Carlos passando por Caetano Veloso, e agora está lançando um disco solo chamado Relax.
São diversas canções próprias, algumas versões e parcerias como “Coisinha Estúpida”, versão de “Something Stupid” (Leno & Lílian) com participação de Clarice Falcão.
Barbagallo – Danse dans les ailleurs
Barbagallo é o nome pelo qual o músico francês Julien Barbagallo resolveu se lançar artisticamente.
Entre outras coisas, o cara toca bateria com o Tame Impala, e em seu novo disco ele também flerta com o rock psicodélico e o pop.
The Messthetics – The Messthetics
The Messthetics é um grupo formado pela chamada “cozinha” do mega influente Fugazi.
Com Brendan Canty e Joe Lally, respectivamente, o baterista e o baixista da banda, o trio ainda conta com Anthony Pirog e em março lançou seu disco de estreia, homônimo, pela Dischord.
The Men – Drift
The Men é uma banda que nasceu no Punk Rock mas não teve nenhum pudor de experimentar com diversos estilos durante a carreira.
Em Drift, seu novo álbum, o grupo flerta com estilos como o rock alternativo dos anos 80 celebrado por bandas como R.E.M.
The Shell Corporation – Fucked
The Shell Corporation é uma banda punk que gosta de colocar o dedo na ferida tanto na sua sonoridade quanto nas letras que envolvem questões políticas e sociais.
Indicadíssimo para fãs de bandas como Bad Religion, o grupo lançou um novo álbum, Fucked, em Março.
Moose Blood – I Don’t Think I Can Do This Anymore
A banda britânica de pop punk que tem chamado a atenção nos últimos anos chegou em Março ao seu terceiro disco de estúdio, I Don’t Think I Can Do This Anymore, mais uma vez pela Hopeless Records.
Lucius – Nudes
Lucius é uma banda norte-americana de indie pop que em Março chegou ao quarto disco de estúdio na sua carreira, iniciada em 2005.
Jess Wolfe e Holly Laessig, vocalistas da banda, já colaboraram com vocais para artistas como Roger Waters, Jeff Tweedy e John Legend, e aqui lançam mais uma vez um álbum com parceria das gravadoras Mom + Pop, Play It Again Sam e Dine Alone.