O rapper Kendrick Lamar fez história essa semana ao se tornar o primeiro artista fora do jazz ou música clássica a receber um Prêmio Pulitzer com seu álbum mais recente, DAMN.
Pouco tempo após a notícia, a Billboard entrou em contato com os organizadores do prêmio para entender um pouco mais sobre a decisão da escolha do disco.
Dana Canedy, uma das administradoras do prêmio, falou que o processo de escolha acontece em duas etapas: primeiramente, o júri entra em um consenso sobre o álbum que julgam ser o mais apto para receber a homenagem. Em seguida, essa decisão é enviada para a mesa de diretores — que decide se veta ou não a escolha.
Canedy — que é uma vencedora do Pulitzer e ex-editora do New York Times — disse que a mesa de administradores aprovou unanimemente a escolha do júri. Ela entrou em detalhes sobre os debates que surgiram entre os jurados:
Você ficaria surpreso se visse esses jurados trabalhando; eles levam a sério cada peça de trabalho que esteja em consideração. Nesse caso, eu não sei qual era o disco em específico, mas nós estávamos avaliando um trabalho que tinha influências de hip-hop. Então eles disseram, ‘Bom, se estamos considerando um trabalho que tenha influências de hip-hop, porque não consideramos o hip-hop em si?’, e alguém respondeu, ‘Isso é exatamente o que deveríamos fazer’.
Então alguém disse, ‘Nós deveríamos considerar Kendrick Lamar’, e o grupo inteiro concordou. Assim, nós ouvimos o disco e fizemos a nossa decisão.
Você pode conferir a entrevista completa com Dana clicando aqui.
Ao ser lançado, DAMN recebeu elogios de público e crítica, e elevou Lamar a um patamar ainda maior em questão de influência e alcance. Desde então, o músico foi um dos headliners do Coachella e chegou a trabalhar na trilha sonora do gigantesco filme Pantera Negra, da Marvel.
LEIA TAMBÉM: Clássico atrás de clássico: a visão artística impecável de Kendrick Lamar