Falamos com o Simple Plan sobre volta às origens, tour de 15 anos e afastamento do baixista

O baterista Chuck Comeau falou sobre experiências do Simple Plan no Brasil, retorno às origens e o afastamento do baixista David Desrosiers.

Foto: Divulgação
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Os canadenses do Simple Plan já têm um longo histórico de passagens pelo Brasil, e nesse mês de Maio completarão a sua oitava turnê pelo nosso país de um jeito especial: comemorando os 15 anos de lançamento do primeiro disco de estúdio, No Pads, No Helmets… Just Balls.

A turnê comemorativa chega ao Brasil na última semana de Maio e passará por cinco cidades do país: Porto Alegre (25/05), Curitiba (26/05), São Paulo (27/05), Rio de Janeiro (30/05) e Uberlândia (01/06). Essa será uma extensão da turnê do primeiro disco da banda, que celebrou esse marco de uma década e meia de idade no ano passado (o álbum foi lançado em 2002) com o mesmo show pela América do Norte e Europa

No Pads…, lançado pela Atlantic Records (Warner Music Group), conta com participações especiais de Mark Hoppus (blink-182, na faixa “I’d do Anything”) e Joel Madden (Good Charlotte, em “You Don’t Mean Anything”) e foi responsável por impulsionar consideravelmente a carreira da banda logo no seu início — somente nos Estados Unidos ele tem um certificado de platina duplo pela venda de 2 milhões de cópias. O álbum é considerado por muitos dos fãs do quinteto de pop-punk como o melhor de sua discografia, por conter muitos singles famosos do Simple Plan, como é o caso das faixas “I’m Just a Kid”, “Perfect”  e “Addicted”.  Uma de suas versões lançada em alguns lugares do mundo na época (inclusive no mercado brasileiro) incluía uma faixa bônus onde a banda fez um cover ao vivo da música “American Jesus”, do Bad Religion.

Antes da chegada do Simple Plan no Brasil, conversamos com o baterista Chuck Comeau a respeito dos dias de glória do pop-punk, retorno às raízes, brigas e desentendimentos com o produtor de No Pads… durante a gravação do álbum e o estado atual de saúde mental do baixista David Desrosiers, que enfrenta uma depressão e pode não vir ao Brasil nesse mês. Confira após o player.

TMDQA: Essa será a oitava vez do Simple Plan no Brasil desde 2005, e vocês desenvolveram uma base de fãs muito sólida por aqui ao longo desses anos. Qual é a primeira coisa que passa pela sua cabeça quando você pensa em tocar aqui de novo?

Chuck: Cara, é sempre uma ocasião especial quando tocamos aí. É um lugar bem especial pra gente. Eu lembro uma vez que tocamos em um festival de uma rádio devrock e tinham muitas bandas incríveis no lineup, uma plateia gigantesca e eu lembro do quanto os fãs eram apaixonados e empolgados quando chegamos aí. Acho que foi a nossa primeira vez se me lembro bem. Sempre tivemos a oportunidade de tocar para plateias muito grandes aí e sempre nos empolgamos pelo quanto as pessoas gostam de música no Brasil.  E o engraçado é que parece que o interesse pela nossa banda sempre se renova, porque a cada lançamento de disco os fãs continuam nos mandando comentários e mensagens online, e vemos perguntas de “quando é que vocês vem para o Brasil?”, “venham para o Brasil” e vocês sempre querem mais, mais e mais. Nunca é suficiente (risos).

Rolaram alguns pedidos pra que a gente levasse essa turnê do No Pads… até aí, e faz um tempo já desde a última vez que visitamos o país, mais do que gostaríamos, então vamos tocar dessa vez em um número maior de cidades. Vai ser legal rever os fãs, o pessoal sempre aparece para nos encontrar nos aeroportos, nos hotéis, as pessoas são gentis e fico feliz que tenhamos desenvolvido essa base de fãs e essa relação especial ao longo dos anos. Vocês definitivamente são os fãs mais hardcore que temos ao redor do mundo.

TMDQA: O disco No Pads, No Helmets…Just Balls colocou o Simple Plan no mapa lá por volta de 2002 junto com uma cena que envolvia outras bandas como Good Charlotte, Sum 41, Yellowcard e New Found Glory. Mas agora estamos em 2018, vocês se sentem como veteranos dessa cena do pop punk hoje em dia? Como é a sua relação com outras bandas do gênero atualmente?

Chuck: É interessante, porque sempre fomos muito amigos dessas bandas e eu sinto que foi muito legal fazer parte de um movimento naquela época, fazer parte de algo grande, que importava para os outros. Nós conseguimos tocar em todos os lugares possíveis, fazer shows grandes e turnês gigantescas e foi muito mágico poder fazer parte da cultura de algum jeito. Sinto que com bandas novas existe um pouco de competição entre elas sobre quem escreveu a música que fez mais sucesso, ou quem fez o maior show — mas para os veteranos esse tipo de coisa não importa mais.

Eu acho que existe uma sensação de respeito renovada de uns pelos outros, porque tantas bandas dessa cena já não estão mais na ativa como antes entre nós. Algumas terminaram, outras não fazem tantos shows mais, não estão tão ativas. É muito difícil segurar as pontas e ter uma carreira extensa, com longevidade nesse meio, então eu sinto que as bandas que conseguem sobreviver ganham essa sensação respeito renovado. Porque você batalhou para estar ali e sobreviver, então você fica feliz por ainda estar nessa posição e poder fazer isso da vida, tocar música. Acho que as bandas também ficam muito mais abertas a trabalhar em conjunto, de forma unida. Fazer mais coisas um com o outro, e estar aí para os outros quando eles precisarem, colaborar. É o jeito que descobrimos para sobreviver, fazendo o que amamos, então temos que batalhar por isso.

TMDQA: Você pode dividir com a gente algumas lembranças da época em que vocês estavam gravando esse álbum?

Chuck: Esse foi o disco que nos abriu portas e que fez tudo acontecer pra gente. Mas foi difícil de gravar e levou um bom tempo para ficar pronto. Estávamos trabalhando com um produtor (Arnold Lanni) que tinha uma visão meio diferente da nossa, então isso atrapalhou um pouco. Ao mesmo tempo nós também tínhamos a nossa ideia muito clara do que queríamos fazer com o disco e com a nossa banda. Fomos teimosos e tivemos cabeça-dura para insistir no que tínhamos vontade de fazer, então entramos em conflito com o nosso produtor muitas vezes, estávamos meio que sempre brigando com ele. Ao mesmo tempo foi uma época muito boa porque também estávamos sempre juntos, pensando em música o tempo inteiro, falando sobre música o tempo inteiro.

TMDQA: Muitas bandas hoje em dia fazem essas turnês comemorativas celebrando discos que marcaram as suas carreiras. O que vocês estão planejando fazer na de vocês, vão tocar o disco na íntegra? E qual é a importância que você dá pro No Pads na sua carreira? Muitos fãs cresceram ouvindo ele — incluindo eu mesmo — e o consideram como um álbum especial, você o vê da mesma forma?

Chuck: Antes de mais nada, nós definitivamente vamos tocar o disco na íntegra durante o show. É assim que começamos o set: nós basicamente vamos tocar tudo desse álbum e assim que as músicas terminarem, nós voltamos ao palco e tocamos alguns dos nossos maiores singles dos outros discos. Mais umas 2, 3, 4, até 5 músicas dos outros álbuns. É um show bem divertido, uma chance da gente tocar músicas que não tocamos há anos. Isso é muito legal, eu estou empolgado e feliz por estarmos fazendo isso.

Obviamente o disco representa tudo pra gente, é o disco que mudou as nossas vidas e nos possibilitou viajar o mundo tocando e sendo uma banda e fazendo o que amamos da vida. É o disco que nos deu a chance de nos conectarmos com as pessoas ao redor de todo planeta e fazer elas prestarem atenção nas nossas músicas. Pudemos fazer um som que até um tempo atrás ninguém estava contratando bandas para fazer, tivemos a sorte de lançar esse disco no mesmo período em que essa sonoridade era meio que nova ainda, essa cena do pop punk estava estourando com várias bandas incríveis sendo lançadas ao mesmo tempo. Esse tipo de música teve um impacto muito grande e poder fazer parte disso foi muito empolgante e muito divertido pra gente. Foi uma época mágica e estávamos no lugar certo, na hora certa, sabe? Nós conseguimos tocar os maiores shows das nossas vidas e fazer as coisas mais legais que já tínhamos feito até o momento: estar nas TVs, nas rádios e fazer tudo que sempre sonhamos em fazer.

Fazer essa turnê hoje em dia é uma forma de trazer tudo isso de volta, trazer os nossos fãs de volta e o que é mais incrível e especial pra gente é ver como essas músicas persistiram a todos esses anos e sobreviveram à passagem do tempo e que ainda significam muita coisa para muita gente. Quando tocamos essas músicas percebemos que as pessoas ainda estão ouvindo e reagindo à elas e o fato de que elas foram lançadas há quinze anos e que elas ainda são importantes para as pessoas hoje em dia é a melhor coisa que você pode conquistar como uma banda. Significa que temos um legado, o que é ótimo.

TMDQA: Muitos consideram o No Pads, No Helmets…Just Balls como um disco marcante do pop punk e o Simple Plan em si como uma banda de pop Punk. Temos visto muitas bandas da mesma época que vocês voltando agora e tentando lançar discos do gênero de novo, o que parece ter sido o caso com o último álbum de vocês (Taking One For The Team). Voltar para essa sonoridade do início da carreira foi uma escolha consciente?  

Chuck: Bom, é claro que nós temos consciência da forma com que a banda é percebida, do que os fãs amam a respeito dos nossos discos e do que nós mesmos gostamos sobre eles. Eu acho que ao longo da nossa carreira nós sempre colocamos intensidade no que fizemos e tentamos coisas novas, tentamos nos divertir com a nossa forma de compor e sempre pensamos em tentar sair um pouco da caixa e testar coisas novas. Às vezes funciona, em outras talvez não tenha funcionado tão bem quanto esperávamos. Mas uma coisa que sabemos com certeza é que ainda temos muito amor por esse tipo de música — pop punk ou seja lá o que for — as músicas com muita energia, as letras sinceras, as melodias que ficam na cabeça, é isso que nós crescemos amando ouvir e é nisso que a nossa banda foi baseada. É isso que nos tornou quem somos hoje.

Definitivamente existem horas em que, olhando pra trás, lembramos de momentos em que tentamos fugir de quem somos, e eu acho que quando você fica mais maduro, adquire uma perspectiva maior. Então começamos a perceber tudo o que esse tipo de música nos deu e pensamos “por que não abraçar isso? por que não retornar um pouco às raízes e fazer esse som mais old school?” até porque não existem mais tantas bandas fazendo esse tipo de música e acho que grupos como o blink-182, Good Charlotte, Sum 41, nós, e mais alguns ainda estão carregando a bandeira desse tipo de música.

https://www.youtube.com/watch?v=PNEICPvHvYk

Nós sempre gostamos de experimentar um pouco e testar novas sonoridades, mas no fim do dia, se você quer ouvir uma grande música de pop punk, nós sabemos que você pode ouvir uma dessas bandas. Tem dias em que a gente pensa, “sabe, vamos escrever uma música mais raiz, vamos compor algo que faça nossos fãs se sentirem como se sentiram durante o nosso primeiro ou segundo disco”. Até para nós mesmos nos inspirarmos, “vamos voltar e ter aquela energia que nós tínhamos quando estávamos apenas começando”. Eu acho que é legal fazer uma versão moderna disso. Eu não acho que conseguimos escrever uma música exatamente da forma com que escrevíamos em 2002 porque somos pessoas diferentes, temos influências diferentes e a cena musical mudou, mas definitivamente podemos nos inspirar nisso e escrever algo que tem os mesmos ingredientes de antes. Algo que tenha a mesma vibe, a mesma energia e eu acho que o fato de que se essas músicas foram gravadas em 2018, isso vai fazer elas parecerem um pouco diferentes, mas elas vão ter a mesma energia e esse é o ingrediente principal.

TMDQA: Recentemente veio a público a informação de que o David Desrosiers (baixista) está enfrentando uma depressão e tirou uma licença da banda. Antes de mais nada: ele está se sentindo melhor? E ele fará parte da turnê brasileira esse mês? Em uma era onde a ansiedade e a depressão se tornaram quadros epidêmicos ao redor do mundo, como vocês lidam com esse tópico entre vocês e com os seus fãs?

Chuck: Tem sido uma situação interessante e obviamente triste pra gente, nunca tivemos que lidar com isso antes, com um membro da banda passando por problemas de saúde mental. Ele está passando por um momento difícil, então como amigos e colegas de banda nós nos sentimos tristes que ele tenha que passar por isso. Não é algo que imaginávamos ter que enfrentar e quando ele nos contou sobre o que estava acontecendo definitivamente ficamos em choque e surpresos, e muito chateados ao mesmo tempo que nosso amigo esteja passando por isso.

Ao mesmo tempo, pensamos que a coisa certa a fazer é garantir que ele fique bem e melhore. Então, se ele acha que não pode viajar o mundo em turnê agora e prefere ficar em casa, está tudo bem. Fique em casa, descanse, trabalhe os pontos que você tem que trabalhar consigo mesmo e saiba que essa é a prioridade número 1 pra gente. Todos os fãs ainda querem ver a gente, e não queríamos colocar mais pressão no David. Senão seria “hey cara, nós vamos parar de tocar até você melhorar,” e isso pressionaria muito ele. Então falamos, “tire o tempo que você precisar e achar necessário, nós conseguimos fazer bons shows ainda com 4 pessoas, nós vamos ter a faixa de baixo rolando lá mesmo que você não esteja com a gente”. 

Nós paramos para explicar o que rolou para os nossos fãs, que ele está focado na sua recuperação e acho que eles entenderam. Acho que os fãs foram incrivelmente compreensíveis com a situação e a respeitaram. Acho que eles também estão felizes que ainda estamos tocando, apesar de que muitos gostariam que o David estivesse lá, mas agora ele não pode fazer isso.

Não sabemos ainda para o Brasil se ele estará com a gente ou não. Ele não faz esse show conosco desde a turnê pelos Estados Unidos no ano passado, mas nós tocamos muito desde então e ainda sentimos que o show é um grande espetáculo. Obviamente é um pouco diferente porque o David não está lá, mas ainda será muito divertido para os fãs. Vamos conversar com ele nos próximos dias e ver como ele se sente. Esperamos que ele possa ir conosco e estar aí, mas se ele não estiver vamos respeitar isso, ir do mesmo jeito e tocar o melhor show que pudermos para os nossos fãs brasileiros. Esperamos que vocês entendam.

TMDQA: Bom, acho que o nosso tempo está acabando. Obrigado pela conversa e boa turnê pra vocês, Chuck.

Chuck: Eu que agradeço! Vemos vocês em breve!

Recentemente o Simple Plan relançou o seu disco de estreia em uma versão especial com sete músicas bônus entre b-sides, versões ao vivo e uma faixa acústica para comemorar os 15 anos de lançamento.

Relembre o disco abaixo:

A turnê brasileira ainda tem ingressos disponíveis para todas as datas, confira as informações de serviço abaixo:

Serviço:

Porto Alegre (25/05)
LOCAL: Pepsi On Stage (Av. Severo Dullius, 1995 – Anchieta)
HORÁRIO: 22h
ABERTURA DOS PORTÕES: 20h30
CLASSIFICAÇÃO: 15 anos desacompanhados. Menores de 12 a 15 anos somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais

MAIS INFORMAÇÕES
BANDA DE ABERTURA LOCAL: 21H00
SIMPLE PLAN: 22H00

VALORES:

  • Pista Premium (inteira): R$ 240,00
  • Pista Premium (meia): R$ 120,00
  • Pista (inteira): R$ 180,00
  • Pista (meia): R$ 90,00
  • Mezanino (inteira): R$ 220,00
  • Mezanino (meia): R$ 110,00

Ingressos: Livepass

Curitiba (26/05)
LOCAL: Live (R. Itajubá, 143 – Novo Mundo)
HORÁRIO: 23h
ABERTURA DOS PORTÕES: 20h30
CLASSIFICAÇÃO: 15 anos desacompanhados. Menores de 12 a 15 anos somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais

MAIS INFORMAÇÕES:
DJ LOCAL: 21h30
SIMPLE PLAN: 23h00

VALORES:

  • Pista Premium (inteira): R$ 280,00
  • Pista Premium (meia): R$ 140,00
  • Pista (inteira): R$ 160,00
  • Pista (meia): R$ 80,00
  • Camarote (inteira): R$ 240,00
  • Camarote (meia): R$ 120,00
  • Área VIP (inteira): R$ 200,00
  • Área VIP (meia): R$ 100,00

Ingressos: Livepass

São Paulo (27/05)
LOCAL: Audio (Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca)
HORÁRIO: 19h
ABERTURA DOS PORTÕES: 17h
CLASSIFICAÇÃO: 16 anos desacompanhados. Menores de 16 anos somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais

MAIS INFORMAÇÕES:
SIMPLE PLAN: 19H00

VALORES:

  • Pista (Lote 1 – inteira): R$ 250,00
  • Pista (Lote 1 – meia): R$ 125,00
  • Camarote (inteira): R$ 300,00
  • Camarote (meia): R$ 150,00

Ingressos: Livepass

Rio de Janeiro (30/05)
LOCAL: Circo Voador (R. dos Arcos, s/n – Lapa)
HORÁRIO: 21h
CLASSIFICAÇÃO: 18 Anos.

MAIS INFORMAÇÕES:
SIMPLE PLAN: 21h

VALORES:

  • Pista (Lote 2 – inteira): R$ 240,00
  • Pista (Lote 1 – meia): R$ 120,00

Ingressos: Ingresso Rápido

Uberlândia (01/06)
LOCAL: Arena Sabiazinho (Av. Anselmo Alves dos Santos, 3415 – Santa Mônica)
HORÁRIO: 22h
ABERTURA DOS PORTÕES: 19h
CLASSIFICAÇÃO: 16 anos desacompanhados. Menores somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais

MAIS INFORMAÇÕES:
SIMPLE PLAN: 22H00

VALORES:

  • Camarote (Lote 1 – inteira): R$ 280,00
  • Camarote (Lote 1 – meia): R$ 140,00
  • Pista Premium (Lote 1 – inteira): R$ 200,00
  • Pista Premium (Lote 1 – meia): R$ 100,00
  • Arquibancada (Lote 1 – inteira): R$ 140,00
  • Arquibancada (Lote 1 – meia): R$ 70,00

Ingressos: Livepass