“É uma vergonha que a gente ainda não tenha ido ao Brasil”, diz baterista do Editors

Conversamos sobre discos, o mundo, a banda e por que raios eles nunca vieram no Brasil que conversamos por telefonte com Ed Lay, baterista do Editors.

Editors aponta o dedo para políticos corruptos em novo single; ouça “Magazine”
Foto: Divulgação

Nome destaque na cena indie do começo dos anos 2000, o Editors continua a se testar e avançar sua música. Esse ano, refletindo o caos global com uma esperança no fim do túnel, eles lançaram Violence, seu novo disco.

Foi para debater discos, o mundo, esse momento da banda e por que raios eles nunca vieram no Brasil que conversamos por telefone com Ed Lay, baterista da banda.

Confira nossa conversa abaixo.

TMDQA: Muita gente diz que esse disco é um Editors completamente novo. Você sentiu essa mudança? Se sim, quem seria essa nova banda?

Editors: Eu não sei se somos uma nova banda pois esse clima meio rock meio eletrônico, com algo mais obscuro nas temáticas, sempre esteve com a gente. Eu sinto que todos os caminhos que seguimos nos trouxeram até aqui. Esse disco resume todos os outros, acho. É um resultado bem harmonioso.

TMDQA: Vocês dizem “talvez não sejamos nada além de violência” na música que dá nome ao disco. Esse é um conceito bem interessante. Você acha que o disco é uma reflexão de como o mundo mudou nesses últimos anos?

Editors: Acho que sim. Eu não me lembro de tempos tão tumultuosos e isso me preocupa bastante. Acho que temos que unir nossas forças e criar pontos de união.

TMDQA: Voltando pro disco, como foi trabalhar com o produtor Leo Abrahams?

Editors: Incrível, ele é um ótimo músico e com uma visão ótima. Ele é muito rápido ao fazer as mudanças necessárias e dá pra sentir um clima de um trabalho das antigas, inspirado pelo modo de produção do Phil Spector, sabe?

TMDQA: O álbum traz muitos elementos próprios para o disco, para a gravação, como esses da produção. Como está sendo recriar essas faixas ao vivo?

Editors: Eu estou adorando poder brincar com os samples e drum machines, confesso (risos).

TMDQA: E shows por aqui, cara? Algum plano para finalmente virem ao Brasil?

Editors. Nossa, esse é um pedido antigo. Adoraria falar isso para você, mas não. É uma vergonha que a gente ainda não tenha ido ao Brasil. Precisamos ir logo e encontrar os brasileiros.

TMDQA: Você tem mais discos que amigos? E tem algum disco em especial que é seu amigo sempre?

Editors: Nossa, sim! Mil vezes sim! (risos). E tenho um disco especial sim, é aquele do Sigur Rós com os parênteses na capa. Eu amo eles… Não entendo nada que falam, mas amo demais.