Spotify se arrepende e volta atrás em política contra conteúdo de ódio

Depois de banir artistas como R. Kelly de suas playlists e ser "ameaçado" por Kendrick Lamar, o Spotify voltou atrás e reavaliou seu código de conduta.

Kendrick Lamar em Londres, 2016
Foto de Kendrick Lamar via Shutterstock

A nova política do Spotify contra conteúdo de ódio durou pouco.

Em Maio passado, a plataforma de streaming chegou a remover músicas de artistas com acusações de violência e assédio de suas playlists oficiais — tanto as editoriais como as geradas por algoritmos. Isso incluiu nomes como R. Kelly e XXXtentation.

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À época, a empresa alegou que a conduta dos artistas não ia de acordo com seus princípios, mas nem todo mundo aplaudiu a decisão. Artistas como Kendrick Lamar e sua gravadora Top Dawg ameaçaram tirar seu repertório do Spotify caso a organização não voltasse atrás. O argumento era de que apenas artistas do rap e hip-hop estavam sendo censurados, enquanto outros gêneros se mantiveram intactos.

A empresa ouviu as críticas e, na última sexta-feira (01), voltou atrás em sua decisão. Em um comunicado oficial, a plataforma declarou:

Enquanto acreditamos que nossas intenções eram boas, a linguagem foi muito vaga, criamos confusão e preocupação, e não gastamos tempo o suficiente recolhendo opiniões do nosso próprio time e parceiros chave antes de compartilhar a nova política. Alguns artistas até temeram que erros de seu passado seriam usados contra eles. O Spotify não é sobre isso. Não queremos brincar de júri.

Agora, as músicas dos artistas condenados retornaram às playlists da plataforma. Entretanto, o Spotify mantém sua regra de excluir canções que explicitamente incitem o ódio e a violência — como foi o caso de “Surubinha de Leve”, aqui no Brasil.

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