Uma Fina Camada de Gelo: O rock Autoral e a Alma Arredia de Curitiba é o nome de um livro escrito por Eduardo Mercer que foi lançado em Outubro de 2017 e fala sobre a história do prolífico Rock And Roll na capital paranaense.
Parte de um projeto maior, o trabalho é acompanhado de um documentário que leva o nome de Uma Fina Camada de Gelo e será mostrado no próximo dia 22 de Julho em duas sessões gratuitas apresentadas pela Cinemateca de Curitiba às 15 e às 16h15.
Trabalhando no projeto há muitos anos, quem começou a pesquisa que resultaria no filme foi o gaúcho Vinícius “Tchê” Ferreira, que com um olhar de fora estudou e entendeu a cena musical curitibana dos anos 70 que foi fundamental para a criação e a estruturação de nomes marcantes nos anos 80 e 90.
No documentário, além de falar sobre a cena curitibana em si, o diretor também fala a respeito das dificuldades de, primeiro, ser músico, e segundo, viver da música em suas mais diversas formas:
O Sr. Banana, por exemplo, um dia era underground, noutro tava na Xuxa e depois tava de volta ao anonimato. Ou o Psychobilly e o hardcore que se firmaram, a partir de Curitiba, como referência nacional e internacional, em casos como as bandas Resist Control e Os Catalépticos.
Como uma espécie de construção ao longo do tempo, o filme também fala sobre a base que foi sendo moldada por esses nomes para as gerações seguintes, que tiveram grande força nos anos 2000, por exemplo, com o Punk Rock e o Hardcore, e cita a Internet como uma peça fundamental para o processo:
Porque tudo que era feito da forma punk do faça você mesmo nos anos 70, 80 e 90 ganhou fôlego e facilitou para que as novas gerações administrassem suas escolhas e agendas sem a tutela de uma gravadora. A experiência das gerações anteriores, então, vira bagagem para a geração 2000, com o reforço de toda tecnologia que surgiu. Não queria fazer um filme deprê. Achei por bem falar deste momento em que a tecnologia ajuda a fazer a diferença, usando inclusive o aprendizado das gerações anteriores.
Quem também falou a respeito foi Fabiano Neves, músico da banda Sr. Banana (que está voltando à ativa) e produtor executivo do projeto, que se lembrou de um ponto importante:
O ativismo cultural é fundamental para defendermos a nossa produção criando uma corrente capaz de gerar efeitos mensuráveis na economia criativa de Curitiba.
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