O jogo virou para o Pussy Riot.
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou a Rússia nesta terça-feira (17) pela prisão do grupo de punk rock feminista em 2012. Em Fevereiro daquele ano, as integrantes cantaram músicas de protesto contra o governo russo na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, e receberam uma pena de dois anos.
O país terá de pagar 70 mil reais (€ 16 mil) por danos morais a Mariya Alekhina, a mesma quantia a Nadezhda Tolokonnikova e 20 mil reais (€ 5 mil) a Yekaterina Samutsevich, além de outros 49 mil reais (€ 11 mil) por despesas jurídicas.
De acordo com o Tribunal, a Rússia violou diversos artigos da Convenção Europeia de Direitos Humanos, o que inclui o tratamento para com as integrantes da banda. A banda ficou em uma cela de vidro durante seu julgamento, rodeada por seguranças armados e um cão de guarda, apesar de não apresentar qualquer risco de violência.
O país também foi condenado por ter sentenciado o Pussy Riot por “simplesmente usar roupas coloridas, balançar os braços e pernas e usar uma linguagem forte, sem analisar o contexto de suas letras ou de sua performance. Segundo o Tribunal, a condenação foi “excepcionalmente severa”.
O grupo já comemorou a decisão em suas redes sociais.
Há poucos dias, ativistas ligados ao grupo invadiram a final da Copa da Mundo em protesto ao presidente Vladmir Putin. Uma das mulheres foi condenada à prisão.
we won the case against our government in the european court of human rights!!
6 years after the punk prayerhttps://t.co/6vhjuUhJ9v
— 𝖕𝖚𝖘𝖘𝖞 𝖗𝖎𝖔𝖙💦 (@pussyrrriot) July 17, 2018