Nascido e criado em Recife, o músico Passarinho reúne o grupo composto por Gabriel Salve, Lucas Barbosa, Ricardo Garrofallo e Saulo de Pádua para formar a banda Passarinho e o Sistema Brega de Som. De sua influência natal, o brega e o tecnobrega se unem ao primeiro rock da década de sessenta e ao sistema de som, a música jamaicana, com dub e reggae em Sozinho no Alto, seu primeiro EP.
Na raiz da sonoridade em seu trabalho de estreia está a malemolência do brega, um jeito de falar de amor de forma descontraída, acrescentado pelos efeitos na voz e as bases de seus instrumentos, criando um novo som dinâmico e dançante. Nas letras, a ludicidade do voar, da vida e do amor. No som, do maracatu rural ao caboclinho, do samba de roda ao pagode, do forró ao brega e do reggae ao rock, as influências dentro deste ninho de som se misturam e se transformam.
Lançado pelo selo Bigorna Discos, de São José dos Campos (SP), o primeiro EP da banda contém cinco músicas mais um dub da canção “Segredo”. Captado no Estúdio Ninho, por Lucas Barbosa e Gabriel Barbosa, do Coletivo Peculiar, a mixagem é de Diego Xavier, do Estúdio Wasabi, e a masterização é de Cassio Zamboto. Ouça aqui:
Videnti
O cantor Videnti traz ao mundo o clipe de “Novo Fim”. Influenciado inteiramente pela sua vivência no hip-hop, o artista da cidade de São Vicente usa a música como instrumento para falar de consciência e questões sociais.
A canção, produzida por Brunno Oliveira em parceria com a Zen Studio, tem dois momentos: a primeira parte é mais intrínseca, fala sobre o equilíbrio, os contrastes de sensações e a busca da harmonia interior, enfatizando o domínio da mente como estopim de toda criação. A segunda parte se coloca no contexto social, propondo a ideia de seguir firme em um mundo onde “ter é mais importante que ser”.
Ouça:
Cupin
Enquanto começa os preparativos para a produção de seu segundo álbum, a banda paulistana Cupin, comandada por Pedro Luce e Paulo Suriani, apresenta o videoclipe “Malandro”, faixa de seu disco de estreia, lançado em outubro de 2016 pelo Selo Freak. Gravado em locais emblemáticos da cena underground de São Paulo, o vídeo vai ainda além do disco e da música ao contar uma história nascida da nostalgia dos games retrô.
Dirigido e co-produzido por Helio Ranieri, o clipe reuniu uma galera da produção visual independente. O ritmo dançante leva o roteiro a brincar com referências da lambada, gênero tipicamente brasileiro e junta o electroindie tropical com batidas do folclore. Elementos da MPB misturam-se à cultura pop, a partir da geração 16-bit dos anos 1990. Levados pela canção, o elenco fez ensaios de dança para dar vida ao duelo de lambada, cercados por cachaças flamejantes, bolas de fogo e outros efeitos especiais.
Com um swing contagiante e autêntico, composto por guitarra, baixo, coro, percussão e sintetizadores lisérgicos, a sonoridade orgânica faz a liga entre as imagens desta aventura. Assista: