Chegou a hora de falarmos sobre a discografia de uma banda que é considerada das mais importantes dos anos 1990, o amado e também odiado Oasis.
Formado em 1991 em Manchester, na Inglaterra,o grupo inicialmente ganhou o nome de The Rain por Liam Gallagher, que depois o mudou para Oasis inspirado em um pôster de turnê do Inspiral Carpets, em que seu irmão, Noel Gallagher, era roadie, e que tinha uma data de show no Oasis Leisure Centre, em Swindon.
Depois de assistir ao primeiro show que a banda fez, Noel não ficou lá muito satisfeito e perguntou se poderia entrar como integrante porque já tinha algumas músicas escritas, e nisso aí estava uma tal de “Live Forever”.
Daí pra frente todo mundo sabe o que aconteceu; Definitely Maybe, disco de estreia lançado em 1994, virou, na época, o álbum de estreia que vendeu mais rápido na história do Reino Unido, depois veio o (What’s the Story) Morning Glory? no ano seguinte pra colocar de vez os rapazes no topo da música britânica e também mundial e daí por diante.
Em 2009, porém, os fãs receberam a notícia que jamais gostariam de receber: o Oasis chegava ao fim. Após 7 álbuns de estúdio e um sucesso que já virou atemporal, Noel Gallagher declarou que não conseguiria trabalhar nem mais um dia sequer ao lado de seu irmão, Liam. E isso aconteceu minutos antes da banda subir ao palco para um show no festival francês Rock en Seine.
Felizmente os fãs não ficaram tão órfãos porque tanto Noel quanto Liam seguiram seus caminhos e têm boas carreiras, cada um em seu estilo.
Mas enfim, vamos ao que interessa mesmo aqui: qual o melhor disco do Oasis? E o pior? Chega mais que o nosso ranking começa abaixo!
7 – Heathen Chemistry (2002)
Foi meio difícil decidir qual disco ficaria em último lugar nessa lista porque todos os álbuns do Oasis têm grandes músicas e singles eternizados, e com o Heathen Chemistry não foi diferente, já que, entre as canções, estão “Stop Crying Your Heart Out” e “Little By Little”, mas no conjunto da obra ele acaba sendo o mais fraco da banda, perdendo força do meio para o fim.
Destaques:
- “The Hindu Times”
- “Stop Crying Your Heart Out”
- “Born on a Different Cloud”
6 – Don’t Believe the Truth (2005)
Admito que esse foi o disco mais difícil de ser digerido por esta pessoa que vos escreve, mas com o tempo fui me acostumando com a sua sonoridade, que achava repetitiva.
Hoje em dia é um álbum que admiro bastante e inclusive é nele que, na minha opinião, está a melhor letra do Oasis com “The Importance of Being Idle”. É um disco diferente por ter um som mais reto, se distanciando um pouco da sonoridade clássica do grupo.
Destaques:
- “The Importance of Being Idle”
- “Let There Be Love”
- “Part of the Queue”
5 – Be Here Now (1997)
Rolou uma dúvida entre quem ficaria em quinto lugar nesse ranking, Be Here Now ou Don’t Believe the Truth, mas o Be Here Now acabou pegando o posto pela quantidade de clássicos enormes que tem nele.
Apesar de grandes canções, o álbum que já foi descrito pela própria banda como uma “bagunça” por conta das gravações conturbadas acaba sendo um pouco cansativo com praticamente todas as músicas podendo durar metade do tempo que elas duram de verdade, como “Magic Pie” e “All Around the World”.
Ainda assim, clássicos como “Don’t Go Away” e “Stand By Me” acabam fazendo o disco ter uma relevância maior.
Destaques:
- “D’you Know What I Mean?”
- “The Girl in the Dirty Shirt”
- “Be Here Now”
4 – Standing on the Shoulder of Giants (2000)
O Standing on the Shoulder of Giants foi o primeiro disco em que Noel Gallagher compôs totalmente sóbrio, e o primeiro também em que Liam Gallagher aparece entre os compositores, com “Little James”.
O disco fica em quarto lugar pela sonoridade totalmente diferente, indo pra uma direção mais psicodélica e experimental; nele Noel usou muitos pedais de guitarra e até sintetizadores, deixando o som do Oasis menos cru que nos três primeiros trabalhos. E o maior exemplo disso foi a incrível “Gas Panic!”.
Em uma entrevista dada em 2011, após o fim do Oasis, Noel disse que o disco não deveria ter sido feito porque não havia inspiração alguma, ele basicamente compôs porque precisava de um disco. Imagina se ele estivesse inspirado, então…
Destaques:
- “Gas Panic!”
- “Go Let it Out”
- “Where Did it All Go Wrong?”
3 – (What’s the Story) Morning Glory? (1995)
Clássico. É isso que define o (What’s the Story) Morning Glory?. Foi com o lançamento dele que em 1996 o Oasis fez os maiores shows da carreira, em Knebworth, na Inglaterra. Foram duas noites com 125 mil pessoas em cada, mas que poderiam durar duas semanas, já que a procura por ingressos chegou a 2 milhões e 600 mil pessoas, 5% da população britânica na época. Só isso mesmo. E ele fica em terceiro lugar porque, apesar de ter mega hits como “Wonderwall” e “Don’t Look Back in Anger”, considero os dois restantes superiores musicalmente.
Destaques:
- “Hello”
- “Champagne Supernova”
- “Morning Glory”
2 – Dig Out Your Soul (2008)
Sim, o último disco lançado pelo Oasis fica em segundo lugar nessa lista simplesmente por ser maravilhoso do início ao fim. “The Turning”, por exemplo, pode ser colocada facilmente em uma lista de melhores músicas já lançadas pelos caras.
E outra coisa que é interessante notar é como nesse disco já dava pra sentir um pouco da mudança de direção que o Noel gostaria de dar, porque vários elementos e detalhes são encontrados em músicas de sua carreira solo no High Flying Birds.
Com o Dig Out Your Soul a banda encerrou sua carreira muito dignamente.
Destaques:
- “The Turning”
- “The Shock of the Lightning”
- “Falling Down”
1 – Definitely Maybe (1994)
Não tem como, o Definitely Maybe é o melhor disco do Oasis. Toda a atmosfera que ele passa, Liam e Noel querendo mostrar a que vieram, “Live Forever”, “Supersonic”, todo a euforia que rolou no Reino Unido e que não acontecia desde os Beatles… Tudo isso deixa o Definitely Maybe como o trabalho de mais impacto da banda e que culminou no sucesso estrondoso que ela teve em 18 anos de estrada.
Gigante.
Destaques:
- “Supersonic”
- “Columbia”
- “Slide Away”