Taunting Glaciers lança novo disco e nos guia em faixa a faixa de "Bloom"

Ouça na íntegra o novo disco do Taunting Glaciers, "Bloom", e navegue pela deliciosa sonoridade volta ao rock alternativo e post-hardcore.

Taunting Glaciers (Foto por Murilo Amancio)
Foto por Murilo Amancio

A banda brasileira Taunting Glaciers está de disco novo.

O projeto que nasceu em Santa Catarina como um trabalho solo de Swan, hoje tem formato de trio com Lola e Tony, e na sua sonoridade fica evidente que o grupo bebe de fontes que vão desde o rock alternativo do início dos anos 90 até as bandas de emo e post-hardcore que influenciaram a década seguinte.

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Amanhã, dia 14 de Setembro, o Taunting Glaciers irá lançar um novo disco chamado Bloom pela gravadora Hearts Bleed Blue, e hoje a gente tem a estreia dele com exclusividade junto com um faixa a faixa de Swan para nos guiar pelo trabalho.

Embarque nessa viagem deliciosa logo abaixo.

HYPER

Com o tempo, me pareceu mais proveitoso me voltar mais a novas experiências do que à busca pelo material e o status quo. “Hyper” é sobre envelhecer e sentir as atitudes em sua vida mudarem aos poucos. Foi a primeira música escrita para o álbum, com guitarras flertando com a surf music e as guitar bands da década de 90. Os synths foram seriamente influenciados por séries de TV com toda essa aura de revival que estávamos vivendo na época. Com certeza vai ser a trilha de muitas viagens nossas.

BLOOM

“Bloom” retrata um episódio onde eu não lidei de forma apropriada com notícias que mudaram tudo em minha vida. Sobre como desejar voltar no tempo e rever um momento ao desabrochar. A parte divertida da música foi adicionar áudios do Dodô [filho de Swan e Lola] brincando na praia em nossas primeiras “férias de verão”, o que vai sempre me lembrar exatamente desse momento a cada vez que escutarmos essa introdução.

ADORE

“Adore” é sobre a Lola. A letra descreve um pedido de casamento e votos feitos entre nós dois. Após a gravidez do Dodô e assumindo as guitarras, é a primeira música onde eu largo a mesma e comando um sintetizador modular. Foi uma mudança bem legal, sendo que estou cada vez me envolvendo mais nesse mundo da síntese.

EXCITER

“Exciter” é sobre repetir os erros e como isso nem sempre é uma coisa ruim mas sim um aprendizado. É talvez a música mais pesada e escura do álbum. Foi quando decidimos adicionar os primeiros screams no disco, utilizar um E-bow para gerar microfonias e adicionar distorção como um boost para os overdrives que usamos na gravação. Foi a música que mudou o rumo dos timbres do disco em um sentido geral e me arrisco a dizer que é uma das minhas favoritas de tocar ao vivo desde que comecei a pegar numa guitarra na vida!

QUASI

Sobre inveja. Sobre como as pessoas querem o que outros tem sem querer passar pelo calvário necessário para se chegar em tal resultado. Primeira música com vocal do Tony na Taunting Glaciers. Uma ideia que já vinha se desenvolvendo desde que fizemos um pequeno projeto chamado PVLSAR.

BLUSH

Tenho uma sensação de arrependimento constante. De ficar paralisado na hora de tomar decisões importantes. Essa letra fala sobre essa sensação. Alguma coisa na letra do verso me faz voltar constantemente para essa música. Como um mantra.

PALE

“Pale” é sobre se sentir silenciado. Sobre não ser apreciado e ouvir desculpas vazias constantemente. Foi a primeira música com vocal da Lola. Também é a primeira vez dela tocando um sintetizador monofônico ao invés de uma guitarra. Para mim é uma quebra bem grande no andamento do álbum e coloca o resto todo em perspectiva.

DANCINGLY

“Dancingly” conta a história de nós dois (eu a Lola) dançando pela primeira vez. Hoje é um rito familiar que já conta com um adepto de quase 3 anos que adora música e dançar como a mãe. Gosto especialmente dos versos e das guitarras no bridge que me lembram muita coisa que ouvimos juntos.

BRAVA

O paraíso na verdade é um estado de espírito. É aquele lugar onde você vive suas melhores experiências e cria suas melhores memórias. Temos uma ligação especial com a praia por ser o tipo de lugar que gostamos de estar, mas o paraíso já foi no sótão da nossa casa, em um carro abarrotado de coisas numa viagem internacional, na nossa sala de ensaio. É a música mais simples e talvez a mais divertida de se tocar justamente pela simplicidade que nos deixa um pouco mais soltos, já que nenhum de nós 3 somos bons músicos.

AFTERGLOW

Recomeço. Como banda passamos por muitos problemas pessoais nos últimos 5 anos. Tivemos que avaliar várias vezes o que estávamos fazendo, porém o sonho e a vontade foram ainda maiores do que os percalços e agora que estamos em 3, parece a conta certa para começar a jornada que vislumbramos anos atrás.

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