Música

Panic! At The Disco: um ranking do pior ao melhor disco

Neste ranking vamos avaliar a discografia de uma das bandas mais influentes do rock alternativo nos anos 2000, liderada por Brendon Urie.

Discografia Panic! At The Disco

Imagine isso: o ano é 2006 e você acabou de chegar da escola, já liga imediatamente a televisão e o seu programa favorito de clipes está passando. Logo começa a passar o clipe de “I Write Sins Not Tragedies” e você canta sem parar com sua roupa preta e maquiagem borrada. Bons tempos, não?

Os amigos de infância Brendon Urie, Ryan Ross, Spencer Smith e Brent Wilson se juntaram em 2004 e resolveram que iriam formar uma banda, que surgiu em Las Vegas. Eles começaram como uma banda cover do Blink-182, mas logo surgiram as próprias músicas escritas por Ryan Ross. O grupo foi descoberto por Pete Wentz, baixista do Fall Out Boy, que logo mexeu os pauzinhos para que eles tivessem contrato com uma gravadora logo de cara, sem nunca terem feito um show ao vivo.

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Em 2005, o Panic! At The Disco lançou o queridíssimo A Fever You Can’t Sweat Out, que foi um dos álbuns mais importantes para a sua carreira e que seria um divisor de águas para o rock alternativo/pop punk, fazendo também parte do grande cenário influente do emo, que ganhava força com bandas da época como Fall Out Boy e My Chemical Romance, mesmo que não necessariamente representassem o estilo musical mas se adequassem ao seu estilo.

Daí para frente veio muito sucesso mas também diversas mudanças de estilo sonoro e de membros da banda, culminando nos dias atuais em que o único integrante da formação original é o vocalista Brendon Urie.

Mas depois de tudo isso a pergunta que não quer calar é: qual o melhor álbum da banda? Vamos descobrir!

6 – Too Weird To Live, Too Rare To Die! (2013)

O coração dói, mas infelizmente esse álbum é o mais sem identidade. Aquele que não dá vontade de ouvir sempre, passando o sentimento de ter sido feito de um jeito um pouco mais desleixado pela banda, ficando cada vez mais cansativo do meio para o final e terminando de forma entediante e abrupta.

Destaques:

  • “Vegas Lights”
  • “Nicotine”
  • “Girls/Girls/Boys”

5 – Pray For The Wicked (2018)

O mais recente álbum da banda, lançado em junho deste ano, tem a pegada mais Broadway já feita por Brendon Urie. Depois de seu musical, Kinky Boots, parece que o vocalista se apegou a esse estilo e não quer largar mais. O problema é que esse disco passa a sensação de que todas as faixas são sobras do seu antecessor, Death Of A Bachelor, fazendo com que ele não seja nada além de divertido para se ouvir ocasionalmente. Na mesma pegada do anterior, ele começa muito bem e vai perdendo a graça conforme vai terminando.

Destaques:

  • “(Fuck A) Silver Lining
  • “Say Amen (Saturday Night)”
  • “Roaring 20s”

4 – Death Of A Bachelor (2016)

A pessoa que vos escreve é uma fã muito antiga da banda e confessa aqui que torceu o nariz para este disco quando foi lançado, mas também mordeu a língua, pois é sim um trabalho muito bom de Brendon e sua banda. Infelizmente, ele também tem essa pegada Broadway em exagero e perde força do meio para o final, coisa que tem sido frequente nos últimos trabalhos da banda.

Destaques:

  • “Dont Threaten Me with a Good Time”
  • “Death Of A Bachelor”
  • “LA Devotee”

3 – Vices & Virtues (2011)

Um disco verdadeiramente apocalíptico para os fãs de longa data, lançado sem Ryan Ross, que até então era o compositor principal da banda. Quem tinha uma paixão enorme pelas composições de Ryan, pôde perceber que Brendon não ficou para trás com este trabalho e que pela primeira vez ele conseguiu mostrar todo seu talento como compositor também e não só o vocal, como era de costume. Um álbum fantástico, repleto de letras incríveis e tocantes!

Destaques:

  • “Hurricane”
  • “Memories”
  • “Sarah Smiles”

2 – Pretty. Odd. (2008)

Há quem diga que este é o melhor trabalho da banda, mas há quem diga que este é o mais sem essência de todos. Sendo declarada abertamente a “inspiração” do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band dos Beatles, isso não o torna ruim, como muitos dizem.

Ele possui uma pegada vintage e psicodélica que assusta na primeira ouvida, por não se parecer com nada que a banda havia feito no primeiro álbum, mas é tão gostoso que parece um passeio no parque num dia ensolarado. Medalha de prata!

Destaques:

  • “That Green Gentleman (Things Have Changed)”
  • “Northern Downpour”
  • “Mad As Rabbits”

1 – A Fever You Can’t Sweat Out (2005)

Não tem como não amar essa obra de arte!

A medalha de ouro tinha que ir para o disco que trouxe a banda ao estrelato com “I Write Sins Not Tragedies”. E não é por menos, pois esse álbum possui uma criatividade poucas vezes vista entre seus pares, mostrando como Ryan Ross é um excelente compositor (arrisco dizer que deixa Brendon pra trás, inclusive, mas não me matem!) com uma visão muito à frente de seu tempo.

As letras são incríveis, inspiradas nos mais diversos livros e filmes, além de experiências pessoais do compositor/guitarrista que encaixam perfeitamente nessa mistura, que no instrumental vai do burlesco ao punk, passando pela música dançante e o rock alternativo, tudo com muito sarcasmo e de forma contundente.

Dá pra dizer que não existe nenhuma faixa ruim nesse álbum e por isso ele merece a medalha de ouro.

Destaques:

  • “Camisado”
  • “Lying Is The Most Fun a Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off”
  • “But It’s Better If You Do”

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