Justiça dos EUA aprova plano de recuperação judicial da Gibson

Decisão da justiça dos Estados Unidos favorece a Gibson, fabricante de guitarras que voltará a se concentrar nos instrumentos musicais.

Guitarra Gibson
Foto de Guitarra Gibson via Shutterstock

Boas notícias para a Gibson, uma das mais lendárias fabricantes de guitarras do planeta.

A gente tinha falado por aqui há alguns meses sobre como a marca havia entrado na justiça com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, e ao que tudo indica as intenções dos caras eram verdadeiras.

Ao invés de entrar com pedido de falência, a Gibson entrou com um processo para detalhar como irá se recuperar do rombo nas finanças, e ele acabou de ser aprovado pela justiça norte-americana.

A ideia da empresa é operar com um empréstimo de 135 milhões de dólares e voltar a se dedicar ao que faz de melhor, os instrumentos musicais.

Segundo os diretores, a dívida de cerca de 500 milhões de dólares começou a surgir (e foi agravada) por conta de um novo direcionamento e uma tentativa da marca em vender eletrônicos que acabou não dando muito certo.

Gibson e os tempos modernos

Em Fevereiro ao dar uma entrevista para a Billboard, o CEO da Gibson Henry Juszkiewicz falou sobre os tempos modernos e como a indústria dos instrumentos musicais é afetada:

A indústria está presa no tempo e os ‘puristas’ têm mostrado uma voz muito alta nos fóruns online. Se você é um jovem hoje, tem um iPad aos dois anos de idade, e se você não oferece novas tecnologias, está velho. A molecada de hoje em dia pode achar que algumas músicas dos anos 50 são legais aqui e ali, mas que outra indústria que você conhece não mudou desde os anos 50?

As guitarras dos anos 50 são o que os puristas querem, mas temos que ter coisas novas e empolgantes. Imagine se as câmeras nunca tivessem evoluído. Inovação é parte de todos os negócios de uma forma ou de outra, mas a indústria das guitarras a odeia.

Como parte da recuperação da Gibson, Henry deve deixar o cargo de CEO e se tornar um consultor terceirizado.

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