Observações e vivências. Imaginação e realidade. Esperança e resignação. Foi através desses caminhos que Kikito concebeu seu autointitulado álbum de estreia.
No trabalho, o artista paraense afirma que decidiu se livrar das amarras dos rótulos. O cantor construiu a identidade musical do seu disco se aproximando do rock progressivo e experimental com elementos pop, tornando suas composições mais complexas e abrangentes.
Nesse contexto, ele passeou por diversos gêneros e influências e mergulhou na vastidão do mar de possibilidades musicais. “Acredito que tem muita ideia boa em qualquer estilo, então procuro encontrar algo que goste em qualquer coisa que esteja tocando, para poder usar e misturar com outras coisas, a música é infinita, assim como as nossas ideias”, disse.
Com muita sensibilidade, Kikito observa o mundo ao seu redor ora de forma caótica, ora de maneira otimista. Ele deixa que suas impressões sejam absorvidas e devolvidas para o mundo em forma de música.
Ao mesmo tempo, seu universo interno e onírico é outra grande inspiração para suas composições. Ele revela que esse é o terreno mais fértil para o clima sombrio de suas reflexões sobre si mesmo.
O objetivo da obra, produzida em parceria com Marcel Barretto, é mostrar essa dualidade do interno e externo coexistindo. “Um disco que fala de encontros, aceitações, procuras incessantes por um consenso, mas já diz na primeira música que a felicidade está dentro de nós mesmos, o que também é um mantra a ser seguido. Talvez essa seja a grande mensagem”, finaliza.