República Popular se conecta às raízes amazônicas no disco Húmus

O disco duplo repagina a identidade da República Popular, se reconectando com suas raízes manauaras ao mesmo tempo que mostra uma juventude urbana.

Foto por:  Lauren Lauschner
Foto por: Lauren Lauschner

Do solo brota um recomeço. É nesse terreno fértil que a banda República Popular constrói a sonoridade e o universo de referências de seu mais ousado trabalho até hoje: o disco duplo Húmus. O disco repagina a identidade musical da República Popular, se reconectando com suas raízes manauaras mas refletindo o que é ser um jovem adulto em uma cidade moderna no meio da Amazônia.

A primeira metade do álbum duplo revela o som plural de um Amazonas ainda a ser descoberto, embalado pela tradição dos ritmos regionais mesclados à influência oitentista de sintetizadores, vocoders e baterias eletrônicas. O segundo, após passar por lendas amazônicas, cantos indígenas, festivais folclóricos e o cotidiano de pessoas comuns, se concentra no dia-a-dia e locais marcantes da capital do Amazonas. Isso fica explícito nos lindos clipes “Amazônida” e “Citadina”.

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A banda formada por amigos de escola deu início à sua discografia em 2015, quando gravou seu disco de estreia, Aberto para Balanço. 2016 trouxe o EP Lis, com letras inspiradas por personagens femininas. Já em 2017, os músicos começaram a revelar o que viria a ser Húmus com o EP Curió.

A transição para Húmus faz referência à ideia de início e fim dos ciclos da vida, tão presente nas letras do trabalho. Nada mais natural que traduzir isso no título, batizando o disco com o tipo de solo mais fértil, formado a partir da decomposição de animais e plantas. Da morte, surge a vida. E do fim de uma era para a República Popular, nasce uma banda ainda mais conectada às suas heranças culturais.

Confira os álbuns abaixo:

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