Como boa tradição no TMDQA!, as listas de fim de ano estão começando a tomar forma por aqui. E depois de muita pesquisa, separamos as 25 capas de disco que consideramos serem as mais bizarras. Dessa vez, fizemos questão de “julgar o disco pela capa”.
Pelo que parece, artista grande também sofre com o design gráfico. A Perfect Circle, Post Malone e Travis Scott são alguns dos músicos e bandas que vacilaram e estão na lista, sem o mínimo de esforço. Parece que, por mais que possam ter uma ideia sensacional, a execução nem sempre é tão amigável assim.
Veja as piores capas lançadas desde o começo do ano até aqui, em ordem do último ao primeiro lugar, selecionada pela equipe do site.
25) Tunnel Vision – Day’s Away
Ainda parece ser meio incrédulo que a banda fez tudo isso só para usar a mesma logo da Elma Chips. Tão confuso e clichê quanto o som que trazem no disco.
24) John Carter Cash – We Must Believe In Magic
Bagunçado demais, e é tanta informação que vale questionar como tudo isso conseguiu caber numa capa só, sem contar que teve gente que considerou a arte racista. Parece que o legado de Johnny Cash segue andando a passos estranhos.
23) Jimmy Markham – Get Ya Head Right
Minha cabeça não ficou tão direita assim, ainda mais com essa capa. Mas a sonoridade provou o contrário:
22) Otep – Kult 45
A mensagem de protesto deu bem para entender, mas a forma como ela foi transmitida na capa não ficou tão boa assim. Seguindo essa linha de crítica à opressão, perseguição e desigualdade, o disco se assemelha até à sonoridade do Rage Against the Machine, porém com um vocal feminino (e incrível!). Pena que a capa não teve a mesma desenvoltura.
21) Throw The Goat – The Joke’s On Us
Uma aquarela e a montagem da fonte em cima, fazendo o favor de colocar a credibilidade da banda em jogo. Bem como diz o nome do disco, a piada já veio pronta.
20) Post Malone – beerbongs and bentleys
Uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil de 2019, a capa do segundo disco do rapper não ficou tão boa quanto a do primeiro. O álbum – que só pode ser totalmente apreciado na sua versão física – aparece em formato de foto nas capas dos streamings. A aparência do disco realmente nos relembra do artista em sua aparência toda “sujona” e tatuada. Diferente de algumas capas que mostramos aqui, essa parece construída de forma bem profissional e intencionalmente feia. Definitivamente bem feia mesmo.
19) Parma Lee – Partypack
A capa em si não diz muito além de nos mostrar como seria o stockphotos se ele existisse nos anos 20, ou basicamente filtros advindos do começo do Instagram. Com mensagem totalmente genérica, seja das fotos, das músicas – que basicamente falam de embriaguez – e até escolha de fontes, lembra mais uma capa de playlist feita para farofeiros na gringa.
18) Homeless Baloon – Dark Side
Em uma perfeita união entre um desenho feito na última página do caderno e montagens bizarras no Paint Brush, os questionamentos são muitos. O que representa esse enorme revolver alado que imprime uma sombra na Lua? O que é esse espermatozoide escondido logo acima da atmosfera desse planeta (acho que é a Terra?) Talvez a maior dúvida paire sobre a aprovação dessa obra pela direção artística dessa banda. E pode mesmo equivaler ao “som frito” desse EP.
17) Crimshaw – Monsters
Essa aqui não seria tão inadequada se estivéssemos falando de uma série de HQs com baixo orçamento. Um resultado razoável do combo “tenho um amigo que desenha bem e cobra pouco pelo trampo”. Se você olhar por muito tempo, vai achar que adentrou um universo paralelo onde personagens renegados da Marvel desistiram da carreira de super vilões para virarem roqueiros de garagem.
16) Steve Aoki – Neon Future III
Steve Aoki nos revela que no futuro, ao invés de neon, teremos pele rachada pela falta de filtro de solar. Nesta terceira obra da trilogia Neon Future, vemos que o padrão de montagens pseudo-robóticas-futuristas exigem doses intermináveis de drop shadow e máscaras esquisitas.
15) Arena – Double Vision
Cuidado: a capa acima pode te deixar nauseado. As texturas craqueladas, os padrões que remetem a insetos e florais, a vibe surrealista e o cenário apocalíptico só nos dizem uma coisa: que lombra torta. Não confirmamos nem discordamos que a música contida neste álbum pode causar reações parecidas.
14) A Perfect Circle – Eat the Elephant
Apesar de ser um bom disco, a galera do A Perfect Circle deixou a desejar na capa, que dispensa os comentários mais óbvios. Mas de um coisa é certa: os caras ficaram tanto tempo sem lançar algum material novo, que parece que a capa foi feita em 2006 e deixada “na gaveta” desde então.
13) Tom Morello – The Atlas Underground
Aleatória demais para estar aqui, mas também aleatória demais para estar na lista de melhores capas. Tom Morello, essa capa não te merece.
12) Erasure – World Beyond
Vinda diretamente de uma apresentação de Power Point, ou seja lá o que cabe a interpretação. A ilustração até ficou boa e parecia que o trabalho já estava pronto, mas logo após fizeram o favor de colocar o nome da banda com uma fonte clichê.
11) Dee Snider – For the Love of Metal
Dee Snider, que assume ter redescoberto seu amor pelo heavy metal, tem ainda de descobrir seu amor pelas artes visuais.
10) Celly Cel – Bay Waters Run Deep
Uma foto que tem potencial para ser uma 3×4, o Golden Gate continuando em forma de homem (isso que é metalinguagem!) e três caras levitando numa nuvem de fumaça. Se essa imagem não for uma das piores capas, então eu não sei o que pode ser.
09) Treat – Tunguska
Poucas palavras definem melhor que essa equação: Transformers, mais algumas características visuais de super-heróis, efeitos estranhos no Photoshop, e que, no fim, resulta nessa capa.
08) Saxon – Thunderbolt
Você já reparou que tem uma espada (com uma mão!) e um raio saindo da cauda do pássaro?
07) Neko Case – Hell-On
Tente VOCÊ explicar o que essa capa significa. Duvido.
06) All Above Me – Return To The Battlefield
Umas escalas de cinza jogadas, um brush mal feito, e fontes duvidosas. O pack tá pronto.
05) Ska P – Game Over
Tudo bem que o jogo acabou, mas precisava disso tudo? Inclusive esse gato usando esse boné? Bem desnecessário.
04) Travis Scott – Astroworld
E não foi nem por falta de orçamento, chega a ser inviável uma justificativa dessa. É tanta informação que nem sei como processar isso.
03) Big Guns – Re-loaded
A gente já sabe que todas (mas todas mesmo) as referências juntas nem sempre dá muito certo, imagina de um nacionalismo americano/militarismo exacerbado. Realmente, não dá nem para defender.
02) Torch – Fire and Light
Foi páreo duro para o primeiro lugar, mas o vice-campeão conseguiu perder até nisso. Essa dualidade me deixou bastante confusa, e isso também envolve a sonoridade desse disco.
01) James Payne – Love Talk
Não podemos dizer se é o campeão ou o maior perdedor dessa lista, mas definitivamente fez por merecer. A frase “ecko’s from the past” é pura aula de semiótica.
Mas, ainda assim, é de ficar incrédulo que as pessoas ainda façam isso em pleno 2018. Só nos resta torcer para que não façam esse tipo de coisa no ano que vem.