O próximo herói da DC a ganhar um filme próprio será o Aquaman, mas a versão que vai chegar aos cinemas é bem diferente da original. Criado lá atrás, em 1941, por Paul Norris e Mort Weisinger, o Rei de Atlântida não tinha nada a ver com o perfil polinésio do seu intérprete atual, o ator Jason Momoa.
A primeira aparição do Aquaman foi na More Fun Comics, na qual ele era apenas um coadjuvante. Sua importância foi crescendo até o início da Era de Prata dos Quadrinhos, entre os anos 50 e 60, quando ele virou um dos fundadores da Liga da Justiça.
A origem
As mudanças na história do personagem também acabaram resultando em pelo menos três origens diferentes para o herói. A versão oficial é aquela na qual Arthur Curry (o Aquaman) era filho de Atlanna, uma princesa de Atlântida que se envolveu em um romance com Tom Curry, habitante da superfície que era o guardião de um farol e, certa vez, salvou a vida da moça.
O passado de Atlanna sempre foi um mistério para Tom, mas ele descobriu que ela vinha do Reino de Atlântida depois que Arthur foi crescendo e desenvolvendo seus poderes. O bebê havia herdado a habilidade da mãe de respirar quando submerso, além de conversar com as criaturas marinhas e controlá-las por telepatia.
Com a morte de Atlanna, Tom treinou o filho para que ele tivesse condições de se tornar um Rei, caso fosse convocado para assumir seu lugar em Atlântida. Isso aconteceu depois da morte de Tom, e foi aí que a história do Aquaman começou a ficar mais agitada.
Obviamente ele não foi bem recebido em Atlântida, por não ter sangue totalmente real. Foram necessárias muitas tretas, vencer algumas batalhas e salvar o Reino de uma ou outra ameaça destruidora para que ele assumisse a Coroa. Nesse meio tempo surgiram os principais rivais do herói, sendo o Arraia Negra o maior deles.
Como todo bom super-herói, o Aquaman também tinha o seu próprio sidekick nos quadrinhos e nas animações, um pupilo que foi aprendiz do protagonista após ele atingir determinado nível de amadurecimento. Coube ao Aqualad seguir os ensinamentos de Arthur e ajudá-lo em algumas missões. É muito improvável, porém, que ele dê as caras nos cinemas.
E também não poderia faltar o romance, o interesse amoroso do queridíssimo governante de Atlântida. Trata-se de Mera, também habitante do fundo do mar e super poderosa. Ela também possui duas origens, sendo a primeira bem simplória. Ela surgiu em 1963, como a governante de Xebel, outro reino submerso. Mera conheceu Arthur quando foi salva do vilão Leron e, depois disso, abdicou do seu trono para casar-se com o Aquaman.
A nova origem é bem mais legal: Xebel era uma colônia Atlante que servia para punir criminosos e exilados. Mera era a princesa dessa colônia, que ficava em outra dimensão e cujo portal estava no Triângulo das Bermudas. Ela foi treinada desde pequena para assassinar Arthur como vingança pelo banimento do seu povo, mas o plano deu errado quando eles se apaixonaram.
Adaptações
O Aquaman sempre foi figura garantida nas adaptações das HQs da DC Comics para outras mídias. Especialmente nas animações, o soberano Atlante marcava presença sempre que eram reunidos os maiores super-heróis do selo. O problema é que o Aquaman antigo era… facilmente ridicularizado. A versão do desenho dos Super Amigos, então, era pavorosa.
Isso mudou nas versões mais recentes, quando ficaram mais evidentes os poderes absurdos do personagem, que vão de super-força e fator de regeneração a super-velocidade, super-salto, telepatia, hidrocinese, durabilidade, resistência e até mesmo a Benção de Poseidon, uma espécie de conjuração de uma energia cósmica.
No cinema, Jason Momoa já deu vida ao Aquaman em Liga da Justiça, de 2016, e volta para o filme solo do herói. Mera será interpretada por Amber Heard e o elenco conta ainda com Patrick Wilson, Nicole Kidman, Willem Dafoe e Yahya Abdul-Maleen II, enquanto a direção é de James Wan (Invocação do Mal).
A estreia no Brasil é no dia 13 de dezembro.