Música

"Estou tranquilo quanto a isso": Bruce Dickinson revela por que votou a favor do Brexit

Frontman do Iron Maiden, Bruce Dickinson critica a União Européia e acredita que o Brexit é a melhor opção para o Reino Unido e o restante da Europa.

Bruce Dickinson (Iron Maiden) em avião da Embraer
Reprodução/Instagram

O Brexit, como ficou conhecido o processo de saída do Reino Unido da União Européia, dividiu a comunidade musical britânica nos últimos dois anos. Entre os que são contra o processo estão Johnny Marr, Jarvis Cocker e Mick Jagger; já alguns nomes a favor que se destacam são Morrissey, Ringo Starr e Bruce Dickinson.

E o frontman do Iron Maiden revelou à revista francesa L’Obs por que votou a favor do Brexit.

Tem muita doideira e histórias assustadoras sendo criadas por ambos os lados, o que eu acho que é bem imaturo. Brexit vai nos permitir ser mais flexíveis e eu acho que as pessoas na Europa vão ter uma vantagem nisso. O interessante é que eu fui uma das pessoas que votou pelo Brexit. Estou tranquilo quanto a isso.

Na entrevista, Dickinson critica a falta de interesse da população em federalizar a Inglaterra. “Não há desejo na maioria das pessoas. Acho que isso é um grande erro.” O músico também considera um erro o Reino Unido concentrar seu mercado apenas na Europa. “Sempre fomos uma nação comercial. O Brexit abre nossas fronteiras para o resto do mundo.”

As críticas de Dickinson se concentram na economia, porém o vocalista se mostra confiante quanto aos efeitos positivos do Brexit e ainda cita demais movimentos separatistas europeus, que estão em voga nos últimos anos.

O que você tem no momento é a União Européia não fazendo um bom trabalho satisfazendo as democracias da Europa. Muita gente, não só o Brexit, mas todo tipo de gente — sejam italianos, gregos, húngaros ou catalãos, ou qualquer um que seja — todo estão tendo grandes movimentos populistas. É porque suas necessidades democráticas não estão sendo atendidas por Bruxelas. As pessoas certas a direcionar suas necessidades são os líderes eleitos democraticamente.

Mesmo apoiando o Brexit, Dickinson acredita que, logo mais, a população esquecerá todo tipo de coisa sobre o processo e que as pessoas irão “fazer o que devemos fazer, nos aproximarmos uns dos outros” e “nos certificar que Vladimir Putin não vai chegar e acabar liderando nosso país.”