Quem vê a capa futurista do disco de estreia da Unknown Mortal Orchestra talvez não saiba quanta história ela pode contar.
O que era a Iugoslávia, hoje é compreendido pelos países da Croácia, Sérvia, Eslovênia e Bósnia e Herzegovina, e na Segunda Guerra Mundial esse local foi conhecido por ser palco das mais importantes batalhas onde muitos campos de concentração nazistas foram estabelecidos.
Entre as décadas de 60 e 70, Josip Broz Tito, o ex-presidente da ainda Iugoslávia projetou a construção de 26 monumentos (Spomeniks, na língua sérvio-croata) nos locais onde havia esses campos de concentração. As construções, todas com características futurísticas, servem como forma de homenagear aqueles que lutaram contra a ascensão do fascismo no país e também como museus do holocausto.
Infelizmente, os monumentos caíram no esquecimento da população e dos cuidados públicos com a dissolução do país e a queda do regime comunista que era vigente na época, e hoje são, em maioria, prédios abandonados.
O Petrova Gora e o Unknown Mortal Orchestra
Um desses monumentos é o Petrova Gora, que é a construção criada por Vojin Bakić apresentada no álbum homônimo da Unknown Mortal Orchestra.
Quem nos atentou para essa história e a relação da banda com o monumento foi a Lola Flessak, uma brasileira que está viajando pela Europa documentando suas experiências através de seu instagram: lola.na.gringa.
Fã da banda, ela visitou o local e nos deixou com fotos incríveis de lá, inclusive de seu abandonado interior, confere aí!
E aí, fãs de Twin Peaks? Será que Bob esteve aqui??
O Tjentiste e a Fresno
Outro monumento da antiga Iugoslávia já esteve presente no mundo da música. O Tjentiste foi o local escolhido pelos brasileiros da Fresno para gravarem seu belíssimo clipe de “Acordar”: