Rodrigo Lima deu sua opinião mais uma vez sobre o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
O vocalista do Dead Fish foi entrevistado pelo canal Galãs Feios, e a conversa também abordou o começo de carreira da banda, assim como o desenvolvimento da cena hardcore no Brasil.
Em determinado momento, um dos apresentadores questionou Rodrigo sobre a mensagem que sua música passa, citando a “mudança” de posição política de muitos músicos do meio.
O vocalista declarou:
Eu tenho várias teorias, uma delas é que todo mundo sempre foi desse jeito. Mesmo na música alternativa, falando sobre anarquia, […] todo mundo no final das contas era aquele cara egoistinha de classe média ou aquele conservador de direita com o pai evangélico pentecostal. Falta de identificação de classe e esses vícios de classe vindos da classe média… nessa crise foi revelador. Muita gente estava ali só pela música, como dizem os caras que falam, ‘Eu não gosto de Dead Fish, só do instrumental’ (risos).
Rodrigo Lima ainda disse que, para se animar, acompanhava a página Todo Dia Um Comentário Escroto de Um Fã do Dead Fish, onde muitos se mostravam contra o posicionamento da banda em suas letras.
Já sobre os próximos quatro anos, ele disse que “todos nós fomos derrotados” e que devemos ficar juntos, e ainda completou:
Serão quatro anos de rebostejo, uma bosta. […] Talvez seja tarde demais pra algumas coisas. Talvez seja tarde demais para alguns tipos de ativismos. […] Mas não há caminho de retrocesso pra esse feminismo radical, não vão conseguir calar as bocas das minas. Não há caminho de retrocesso para dizer que o Brasil é um país racista. […] É o meu trabalho falar contra tudo esse neofascismo, esse neoliberalismo calhorda tupiniquim oligarca. […]
Assista na íntegra logo abaixo.
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