Em entrevista para o BBC’s The First Time With, o guitarrista Tom Morello contou que em 2009 o Rage Against The Machine foi sabotado pela própria gravadora, a Sony Music.
Na época, o DJ Jon Morter começou uma campanha através do Facebook para que as pessoas comprassem o single “Killing In The Name”, lançado originalmente em 1991, para impedir que um ganhador do The X Factor britânico chegasse ao primeiro lugar das paradas no Natal pelo quinto ano seguido.
A campanha deu certo e “Killing In The Name” vendeu mais de 500 mil cópias, desbancando Joe McElderry, ganhador da edição 2009 da competição, com apenas 50 mil cópias de diferença.
Porém, Morello relata que houve retaliação por parte da sua gravadora, que também era a casa de McElderry, sob o selo Syco Music — propriedade de Simon Cowell, criador e jurado do programa. Devido a isso, a banda californiana teve dificuldades logo após o episódio.
A Sony não retornou nossas ligações e e-mails durante esse tempo. Colocaram zero cópias físicas dos álbuns nas lojas durante a semana porque eles queriam que nós perdêssemos. Nossa gravadora queria que nós perdêssemos. Porque Simon Cowell era a galinha dos ovos de ouro.
Apesar da situação, o músico celebra a iniciativa da campanha, que rolou há quase dez anos:
Foi uma manifestação da ideia de um Rage Against The Machine totalmente independente da banda ou da música. Foi um momento tremendo.
Show do Rage Against The Machine
Como bem lembrou o jornalista André Barcinski em 2016, para celebrar a banda fez um show gratuito para cerca de 40 mil pessoas no Finsbury Park, em Londres, e o resultado pode ser visto nos vídeos abaixo com direito a uma tiração de sarro no telão antes da apresentação.