Graveyard: um ranking do pior ao melhor disco

Criada há mais de 13 anos, Graveyard traz discos concisos e bem produzidos de blues/rock. Confira o ranking do pior ao melhor disco da banda sueca.

Graveyard

Como falamos por aqui, Graveyard faz aquele blues com chumbo e pólvora.

Formada em meados de 2006, na cidade de Gothenburg, na Suécia, a banda ultrapassa as fronteiras das limitações dos gêneros musicais. Ao fazer uma viagem pelo tempo, agrega encontros de influências dos anos 70 aos gêneros mais contemporâneos, como o stoner, e traz um som inegavelmente moderno. Basicamente, é aquele som datado sem deixar de ser cativante e novo, além de uma estética absurdamente encantadora.

A discografia resume em uma sonoridade hábil de atenuar os instrumentos, ao invés de diminui-los. Da mesma forma que podemos especificar cada peculiaridade do quarteto: a visceralidade da voz rasgada de Joakim Nilsson, os riffs e solos poderosos de Jonatan Larocca-Ramm, a solidez do baixo de Truls Mörck e a bateria com viradas arrojadas de Oskar Bergenheim, atribuindo, assim, firmeza em sua própria essência.

 

“Please, come to Brazil!”

Em uma turnê pela América do Sul, o quarteto sueco finalmente desembarca em terras brasileiras para uma noite intensa, no Fabrique, em São Paulo. A apresentação única acontece no dia 18 de Maio e os ingressos estão à venda aqui.

Aproveitando a estreia da banda no Brasil, montamos um ranking com a discografia do pior ao melhor disco. Confira abaixo:

Graveyard (2007)

O homônimo disco de estreia da banda sueca ainda tem chance de um bom lugar no coração dos fãs, mas está longe de ser o melhor deles. Conciso e direto ao ponto são aspectos que podem resumir o disco. Diante de tantas referências e gêneros que se encontram com outros de forma harmônica, vale destacar as faixas “Lost in Confusion”, “Submarine Blues” “As Years Pass By”.

Peace (2018)

Após a saga da “volta dos que não foram”, a banda retornou aos palcos em 2017 sem a presença do baterista Axel Sjöberg. No ano seguinte trouxe ao mundo o disco Peace, e dessa vez quem assumiu a bateria foi Oskar Bergenheim. O quinto trabalho do quarteto só provou que os caras ainda seguem firmes e sem perder nem um pouco da essência visceral da banda.

Com uma energia progressiva e sem limites, Peace dá espaço para letras mais objetivas, melodias mais maleáveis, e um destaque maior para os riffs, que, ao mesmo tempo que são secos, também são harmônicos e fluidos. É um disco necessário para entender a brandura do stoner, mas também para sacar a profundidade da Graveyard no meio.

Destaque para as faixas “Cold Love”, “Del Manic”  “A Sign of Peace”.

Hisingen Blues (2011)

Segundo disco de estúdio, as faixas de Hisingen Blues se intercalam entre instantes acelerados e outros mais reflexivos. O disco, que começa com o dedo na ferida, tornou-se para muitos o mais querido da banda.

O resultado é envolvente e muitos dos méritos conquistados podem ser atribuídos diretamente à voz expressiva e intensa de Joakim Nilsson. O mais especial desse disco é que tudo foi gravado de forma analógica, garantindo ao som um aspecto mais sujo e cru, porém delicadamente inovador.

Dentre as três principais faixas vale enaltecer  “Hisingen Blues”, “Uncomfortably Numb” “The Siren”.

Lights Out (2012)

Em relação aos outros discos, Lights Out é definitivamente mais obscuro e menos psicodélico, o que traz um equilíbrio dos arranjos e harmonia mais evidente. Além disso e das letras escancaradas, a banda prova que nem sempre o exagero de efeitos hodiernos é essencial para trazer peso às canções.

Vale ouvir as faixas “Seven Seven”, “Hard Times Lovin'” e “Fool In The End”.

Innocence & Decadence (2015)

Por fim, Innocence & Decadence é basicamente o epicentro de como a Graveyard desenvolve na música. Lúdico e apoteótico, o disco em si é um “caldeirão sonoro” de tudo o que podíamos ouvir da banda sueca, mas de forma bastante linear.

Com a mudança de Rikard Edlund, afastado em 2014 devido aos seus problemas com drogas, deu lugar ao baixista Truls Mörck, que também trouxe reforços aos backing vocals. Sem deixar de trazer elementos precisos, como a alternância entre músicas mais agitadas e outras mais lentas, Innocence & Decadence é um disco certeiro e indispensável.

Na tríade de canções, vale destacar  “Exit 97”, “From A Hole in The Wall”  “Far Too Close”.