Lançamentos

Stone Temple Pilots e Bush comandam noite grunge em São Paulo; resenha e fotos

Na última quinta-feira (14), Stone Temple Pilots e Bush uniram forças em uma noite memorável para qualquer fã de grunge. Confira resenha e fotos.

Stone Temple Pilots em São Paulo
Foto: Stephanie Hahne

Apesar de grandes perdas nas últimas duas décadas, o grunge dos anos 90 continua vivo através de bandas que insistiram em continuar e levar o gênero para frente. O Bush e o Stone Temple Pilots são duas delas, e agora estão juntos em uma turnê para fã nenhum colocar defeito.

O power duo iniciou uma leva de shows conjuntos aqui no Brasil na última quinta-feira (14), em uma apresentação lotada no Credicard Hall, Zona Sul de São Paulo.

Publicidade
Publicidade

A noite teve abertura do Republica, que foi recebido por um público ainda tímido e pequeno, mas se esforçou e tomou conta do palco com seu hard rock veterano. Neste momento, era possível ver uma grade tomada por fãs com camiseta do STP, aguardando pacientemente pela chegada da banda.

Às 21h25, pontualmente, o grupo liderado por Jeff Gutt — que assumiu os vocais em 2017 — surgiu aos gritos ensurdecedores da plateia, que agora enchia a casa de shows por completo. O show começou com “Wicked Garden”, do disco Core (1992), cantada a plenos pulmões pelos fãs mais apaixonados da primeira fila.

Se você achou que o novo vocalista estaria de alguma forma tímido ao vir pela primeira vez ao Brasil com o grupo, achou errado. Gutt tomou conta da apresentação o tempo inteiro, sabendo dividir os holofotes com os colegas Dean DeLeo, Robert DeLeo e Eric Kretz, mas tomando pra si o posto de frontman de uma banda com décadas de história na bagagem.

Por um lado, a performance de Jeff muito se assemelha a de Scott Weiland, saudoso vocalista original do Stone Temple Pilots que se foi em 2015, com seus trejeitos e dancinhas. Por outro, percebe-se que o músico está descobrindo seu próprio estilo e se divertindo ao fazê-lo. Em determinado momento, Gutt desceu ao pit que abriga os fotógrafos e separa o palco da grade, sendo agarrado e ovacionado pela plateia. Se isso não é uma ótima resposta, então não sei o que é.

A apresentação ainda contou com hits como “Creep”, “Vasoline”, “Big Empty”, “Interstate Love Song” e as novas “Meadow” e “Roll Me Under”, do homônimo lançado em 2018. Os pontos altos do show foram o hit “Plush”, com coro do público, e “Sex Type Thing”, que fechou a melhor apresentação daquela noite.

Bush

O público estava visivelmente menor para o primeiro show do Bush no Brasil em mais de 20 anos. Se por conta do horário em um dia de semana ou apenas pela preferência da plateia pela banda que veio antes, não sei. Mas sei que animação não faltou, tanto do grupo quanto de seus fãs.

Gavin Rossdale e companhia tomaram o palco pouco após as 23h, abrindo com “Machinehead”, do Sixteen Stone (1994). A última vez que a banda pisou em terras brasileiras foi em 1997, e ao que tudo indica, os anos de espera longe só deixaram os caras ainda mais afiados.

Aos 53 anos de idade, Rossdale não aparenta ter passado dos 30. Tanto pela aparência jovem, quanto pela disposição de pular, cantar, tocar e dançar no palco, Gavin dominou a performance e não deixou a peteca cair em um momento sequer. A cada cinco minutos, ainda mais nos intervalos entre as canções, o cara brincava com os fãs da grade, agradecia, piscava, mandava beijos. Um verdadeiro frontman, e que não esperava menos de seu público:

Eu tenho expectativas muito altas com vocês. Muito altas.

A resposta foi a altura, e os fãs cantaram alto canções como “Glycerine”, “Comedown”, “The Chemicals Between Us” e muitas outras. Rolou também uma cover bem interessante de “Come Together”, dos Beatles, perto do fim do show.

Que não demorem tanto tempo para voltar mais uma vez!

O Bush e o Stone Temple Pilots ainda tocam em Belo Horizonte no domingo (17). Saiba mais clicando aqui.

Confira fotos da noite logo abaixo.

Sair da versão mobile