Uma vez com acesso à internet e um pequeno conhecimento sobre edição, qualquer um é capaz de fazer o que quiser no mundo digital. Você pode fazer um vídeo e colocar ao fundo sua canção favorita, por exemplo. O problema é ter a autorização dos compositores e intérpretes da música.
O presidente norte-americano Donald Trump está bem familiarizado com essa história. Após divulgar sua campanha com “We Are The Champions“, do Queen, a banda proibiu o então candidato a usar suas músicas. Em outra ocasião, Neil Young havia condenado o uso de sua música “Rockin’ In The Free World”. O episódio da vez, no entanto, foi com o grupo de rock alternativo R.E.M..
Em 2015, também ao longo da campanha presidencial de Trump, a banda criticou o candidato pelo uso não autorizado do hit “It’s the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)“. Na época, a banda usou suas redes sociais para criticar o político, chamando-o de “cínico”.
Novo episódio da saga
Vale lembrar que os membros do R.E.M. não são muito fãs de Trump. O guitarrista Peter Buck, pelo menos, deixou esse posicionamento claro ao lançar um single abertamente anti-Trump com um de seus projetos paralelos.
Em uma publicação recente em seu Twitter, o presidente mostrou um recente discurso contra alguns políticos. A trilha de fundo do vídeo conta com “Everybody Hurts“, single do R.E.M. lançado em 1993.
O vídeo, no entanto, foi rapidamente excluído de sua conta. A banda, que já demonstrou não poupar palavras para o atual presidente, postou uma indireta na mesma rede social.
World Leader PRETEND!!! Congress, Media–ghost this faker!!! Love, R.E.M.
— R.E.M. HQ (@remhq) February 15, 2019
A publicação faz referência a outra música da banda. “World Leader Pretend“, lançada em 1988 no álbum Green, é uma clara crítica política. A canção ainda traz um verso que diz: “Eu subi o muro e serei quem vai destruí-lo”.
Se o atual presidente é tão fã assim da banda, pode ser que ele pegue a referência, mesmo em uma música que não foi divulgada como single.