Muito provavelmente você deve estar sabendo do que se passa atualmente em um dos nossos países vizinhos, a Venezuela.
O país é governado por Nicolas Maduro, que tem sido acusado por boa parte da população do seu e de outros países de manipular resultados de eleições para permanecer no poder e, como consequência de sua administração, ampliar a pobreza no país, causar uma crise e fazer com que os venezuelanos não tenham acesso a itens básicos de saúde e alimentação.
De outro lado está Juan Guaidó, da oposição, que se baseou em um artigo da Constituição da Venezuela para se autoproclamar o líder oficial do país.
Nesse final de semana diversos eventos importantes estão acontecendo no país e em alguns de seus vizinhos, já que a situação está crítica com as fronteiras da Venezuela tanto com o Brasil como com a Colômbia fechadas por ordens de Nicolas Maduro, que não quer aceitar ajuda internacional enviada desses e de outros países dizendo que ela tem caráter político.
Além disso, dois grandes eventos musicais estão marcados para cada um dos lados da fronteira, criando mais um “enfrentamento”, dessa vez na indústria da música.
Festivais de Música
De um lado, na Colômbia, quem organizou um festival ao estilo “Live Aid” foi Richard Branson, bilionário britânico dono da gravadora Virgin e sua cadeia de lojas, e a ideia é pressionar o governo de Maduro para que a ajuda humanitária entre no país.
O festival aconteceu ontem (22) e teve nomes como Alejandro Sanz, Juanes, Luis Fonsi, Maluma e Maná, que estiveram na cidade de Cúcuta onde Juan Guaidó, reconhecido como verdadeiro presidente da Venezuela por mais de 50 países, também esteve.
Já do outro lado, o governo de Maduro prometeu fazer um evento durante todo final de semana batizado como “Tirem as Mãos da Venezuela”.
Segundo representantes do governo, a festa teria 150 artistas e nomes bem menos conhecidos do que os do festival “rival”, como Omar Acedo, Winston Vallenilla, Armando Martínez, Cristóbal Jiménez e Roberto Messuti.
Como é típico do governo de Maduro, seus representantes logo trataram de demonizar o Venezuela Aid Live dizendo que o evento representa “ódio e guerra”, enquanto o seu simboliza “paz e solidariedade”.
Roger Waters
Defensor do governo de Nicolas Maduro, que chama de “legítimo e democrático”, o músico Roger Waters se manifestou contra o evento de Branson, dizendo que “a Cruz Vermelha e as Nações Unidas concordam que não se deve politizar o apoio humanitário” e pedindo para que o povo venezuelano fosse “deixado em paz para exercer seus direitos de auto determinação”.
https://www.instagram.com/p/BuOhd7NgHFO/
https://www.youtube.com/watch?v=G39isVdh4jg
https://www.youtube.com/watch?v=1GW4tbRcghU
The Red Cross and the UN, unequivocally agree, don’t politicize aid. Leave the Venezuelan people alone to exercise their legal right to self determination. pic.twitter.com/I0yS3u75b6
— Roger Waters ✊ (@rogerwaters) February 18, 2019