Arctic Monkeys faz a festa de público carioca antes do Lollapalooza

Em turnê com o álbum "Tranquility Base Hotel & Casino", o Arctic Monkeys deixou o público do Rio de Janeiro eufórico com uma apresentação vigorosa.

Arctic Monkeys no Rio de Janeiro

Fotos por Daiana Carvalho

Mais de quatro anos após sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro, o Arctic Monkeys retornou à Cidade Maravilhosa nesta quarta-feira (3) para apresentar aos fãs cariocas, na Jeunesse Arena, a turnê de seu mais recente disco, Tranquility Base Hotel + Casino, lançado em 2018.

Os ingleses de Sheffield podem não ter esgotado os ingressos como daquela vez (visto que o novo álbum dividiu opiniões e que a realização de shows no RJ hoje em dia não é nada fácil), mas foi uma apresentação cheia de vigor e energia. Tanto em cima do palco, como em todos os setores da plateia.

A noite começou cedo, por volta de 19h40, quando os paulistas do Terno surgiram em cena para esquentar o público. Marcada para as 21 horas, a apresentação do Arctic Monkeys somente foi iniciada às 21h33, talvez para dar tempo de todos chegarem à arena em um dia de semana.

Diante de 13 mil fãs animadíssimos, Alex Turner (vocal), Jamie Cook (guitarra), Nick O’Malley (baixo), Matthew Helders (bateria) e mais quatro músicos de apoio, abriram o setlist, que não fugiu do padrão da tour, com a contagiante “Do I Wanna Know?”, do CD AM, de 2013.

Com os fãs cantando junto bem alto, a banda emendou em “Brianstorm”, do disco Favourite Worst Nightmare (2007), com direito a solo de bateria no final. A agitação da música fez com que os copos de cerveja fossem para o alto – se seu cabelo e sua roupa saíram ilesos, sorte sua – e as “rodinhas” abrissem.

A excelente “Snap Out of It” acalmou um pouco os fãs, mas o coro a plenos pulmões continuou. Não foi diferente com a envolvente “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair”, do álbum Suck It and See, lançado em 2011.

Na hora de tocar a primeira faixa do repertório retirada do novo trabalho, a suave “One Point Perspective”, o vocalista, sempre elegante, foi ao piano e encantou o público. A temperatura do show voltou a aquecer com a porrada “I Bet You Look Good on the Dancefloor”, presente no disco de estreia do grupo britânico, Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not, de 2006.

Entre breves interações de Turner com a plateia, a apresentação seguiu com as ótimas “Library Pictures” e “Knee Socks”. “The Ultracheese”, outra do CD Tranquility Base Hotel + Casino, deixou o público entorpecido com a maravilhosa pegada “blueseira” da canção. Na sequência, Alex Turner e cia revisitaram o início da carreira com “Teddy Picker” e “Dancing Shoes”, deixando fã nenhum parado.

A execução de “Why’d You Only Call Me When You’re High”, “Cornerstone”, do disco Humbug (2009), e “505” fizeram o público cantar de olhos fechados. “Tranquility Base Hotel & Casino”, “Crying Lightning”, “Pretty Visitors” e “Four Out of Five” fecharam o repertório antes do bis, às 22h54, com a vibração de todos nas alturas.

Passados alguns minutos, o AM retornou ao palco para o trecho final da apresentação, que começou com a bela “Star Treatment”, sendo sucedida pela potente “Arabella” e a catártica “R U Mine?”, encerrando o show da melhor forma possível. Certamente os fãs foram embora com uma baita vontade de marcar presença no Lolla Brasil 2019 de última hora para repetir a dose.

Setlist:

1. “Do I Wanna Know?”
2. “Brianstorm”
3. “Snap Out of It”
4. “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair”
5. “One Point Perspective”
6. “I Bet You Look Good on the Dancefloor”
7. “Library Pictures”
8. “Knee Socks”
9. “The Ultracheese”
10. “Teddy Picker”
11. “Dancing Shoes”
12. “Why’d You Only Call Me When You’re High?”
13. “Cornerstone”
14. “505”
15. “Tranquility Base Hotel + Casino”
16. “Crying Lightning”
17. “Pretty Visitors”
18. “Four Out of Five”

Bis:

19. “Star Treatment”
20. “Arabella”
21. “R U Mine?”