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Greta Van Fleet explica o porquê do hype no Lollapalooza Brasil

Pela primeira vez no país, o Greta Van Fleet mostra competência no palco e leva fãs ao delírio no terceiro e último dia do Lollapalooza Brasil.

Foto por Aline Krupkoski
Foto por Aline Krupkoski

Por Tony Aiex
Fotos por Aline Krupkoski

O último dia de Lollapalooza Brasil reservou belas apresentações de Rock And Roll para o público que foi ao festival no Autódromo de Interlagos.

Se o The Struts mandou ver no Palco Budweiser e conquistou milhares de novos fãs com um show eletrizante do início ao fim, mais tarde no mesmo local foi a vez do Greta Van Fleet mostrar por que tem sido tão comentado ao redor do planeta.

Durante todo o dia era possível ver centenas de fãs com camisetas da banda andando pelo evento e a grade estava repleta de jovens que queriam assistir à apresentação de pertinho, com direito a fã-clube brasileiro e muito barulho à medida que a apresentação se aproximava.

E é exatamente aí que está a razão do sucesso do Greta Van Fleet: essa é a primeira vez em longos anos que uma nova banda de Rock And Roll ganha tanta notoriedade e, sendo assim, é a primeira vez que inúmeros jovens que não se conectaram com o Pop ou o Hip Hop estão vendo ídolos de perto, entoando seus riffs e tentando imitar os vocais de Josh Kiszka.

Muito se fala sobre como o Greta se parece com o Led Zeppelin, e são diversas as críticas de que eles seriam uma “cópia” do grupo britânico, mas hoje no Lollapalooza Brasil, vendo tudo ao vivo e de perto sem os filtros das redes sociais, deu pra perceber que a jovem banda bebe de diversas outras fontes e é muito competente no que faz, intercalando músicas dos seus discos com longas jams e, novamente, dando um primeiro contato a fãs de Rock And Roll que estavam órfãos de novidade no mercado.

Do jovem na grade ao mais velho com camiseta dos Stones, quem ficou ali pra ver tudo saiu com a sensação de que se o Rock havia adormecido, ele parece estar voltando do sono com nomes como Greta Van Fleet e The Struts.

E se você ainda não entendeu, tá explicado: enquanto discute-se a capacidade técnica ou a originalidade do quarteto, seus músicos estão reverberando e se conectando com o jovem que tanto se critica por consumirem “produtos enlatados” e “descartáveis”. Se a banda entender isso, e parece que está entendendo cada vez mais, tem um futuro imenso pela frente.