Greta Van Fleet prova que veio para ficar em show no Rio de Janeiro

Os americanos do Greta Van Fleet lotaram a Fundição Progresso antes de sua apresentação no Lollapalooza Brail e deixaram os cariocas de queixo caído.

Greta Van Fleet no Rio de Janeiro
Foto por Diego Castanho

A noite da última sexta-feira (05) na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, foi bem marcante para os apreciadores do bom e velho rock n’ roll. Com a casa lotada, os americanos do Greta Van Fleet impressionaram (e muito) a todos os presentes do início ao fim da apresentação.

Antes da banda de Michigan subir ao palco, o Far From Alaska, grupo do Rio Grande do Norte que é uma das melhores referências do rock nacional na atualidade, se apresentou, às 22h40, enquanto o público chegava aos poucos. Muito competentes, os integrantes aqueceram a plateia com seu som cheio de peso e flerte com o eletrônico em canções como “Dino vs Dino”, “Another Round” e “Thievery”.

Diante de cinco mil pessoas, quase pontualmente, à 00h02, os irmãos Josh Kiszka (vocal),  Jake Kiszka (guitarra) e Sam Kiszka (baixo), além de Danny Wagner (bateria), apareceram para dar início a uma jornada musical apoteótica para a plateia.

greta van fleet no RJ
Foto por Diego Castanho

Em meio a saraivada de aplausos, o cantor distribuiu flores brancas para o público e abriu o show com as faixas “The Cold Wind”, do álbum de estreia Anthem of the Peaceful Army, e “Safari Song”, do EP Black Smoke Rising, de 2017. A terceira música do repertório foi a canção título deste mesmo trabalho lançado há dois anos, fazendo os fãs mergulharem numa vibe setentista hipnotizante.

Entre diversas jams magistrais dos músicos e demonstrações da poderosa extensão vocal de Josh, que lembra tanto Robert Plant como Janis Joplin, a apresentação seguiu impressionando a plateia com “Flower Power”, quando Sam abandonou o baixo para assumir os teclados no fundo do palco.

Na sequência, vieram dois covers. O primeiro foi de “Watch Me”, do cantor, compositor e poeta inglês Labi Siffre. Já o segundo foi “The Music is You”, de John Denver. A balada “You’re the One”, uma versão estendida da nova “Black Flag Exposition” e “Watching Over” deram continuidade ao show, com os fãs completamente absortos.

A última canção do repertório, à 01h13, antes do Greta retornar para o bis foi a alucinante “Edge of Darkness”, levando a plateia a bater muita cabeça. Enquanto os simpáticos integrantes do GVF observavam o público com um largo sorriso no rosto e um semblante de satisfação — como se não esperassem tamanha receptividade e participação –, os fãs entoavam o coro “olê, olê, olê, olá, Greta, Greta”.

Minutos após, o grupo voltou para tocar “When the Curtain Falls” e “Highway Tune”, do EP From the Fires (2017). Do palco, Josh e cia agradeciam o público, que, entregue, gritava e levantava as mãos para saudar o quarteto.

Com aproximadamente 1h25 de show, o Greta provou ser, sem sombra de dúvidas, um fenômeno do rock atual. Comparações são, sim, inevitáveis (podem citar Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath ou Lynyrd Skynyrd), entretanto, a qualidade do GVT é inegável e aos poucos o grupo vai costurando sua própria identidade.

Se daqui a 30 ou 40 anos eles terão a mesma relevância desses clássicos do passado, só o tempo dirá. Mas a gente aposta que sim.

Setlist:

1. “The Cold Wind”
2. “Safari Song”
3. “Black Smoke Rising”
4. “Flower Power”
5. “Watch Me” (cover de Labi Siffre)
6. “The Music Is You” (cover de John Denver)
7. “You’re the One”
8. “Black Flag Exposition”
9. “Watching Over”
10. “Edge of Darkness”

Bis:

11. “When the Curtain Falls”
12. “Highway Tune”