Motivados pela ideia de ser uma faixas mais potentes do disco de estreia, intitulado Da Tempestade ao Sol, os mineiros da Obey! trazem ao mundo o clipe de “Atrás da Casca”.
Ao trazer uma sonoridade que perpassa a riffs simbólicos e uma letra fácil de se identificar, a canção aborda questões pessoais, mais específico em não esconder a própria essência, já que em algum momento, a vida cobra a verdade de si, seja de forma voluntária ou abrupta.
Já o clipe, cuja direção é assinada por Douglas Rodrigues, narra a história de um professor saturado de sua profissão, e que resolve dar um basta sobre a realidade em que se encontra. Sem precedentes, ele sai atônito e desesperado em busca de um refúgio onde possa se encontrar mais confortável. Assista:
Ouse
Ao costurar aspectos dos movimentos de resistência às relações da sociedade moderna, a banda OUSE estreia com o intenso EP Desculpa Por Todo Esse Sangue.
Com sonoridade agressiva e discurso fortemente político, o primeiro trabalho do quarteto cearense transborda impressões e experiências vívidas de cada um. Produzido pelo guitarrista da banda, Ícaro Manfrinni, o título traz seis faixas, onde carrega influências da música eletrônica e de grupos como Smashing Pumpkins, Depeche Mode e Garbage, além da brasileira Letrux. Outra grande referência é a obra da poetisa indiana Rupi Kaur, autora do fenômeno “Outros jeitos de usar a boca”.
Ouça:
Hayz
Mais um EP de estreia pra conta e tão intenso quanto o da banda OUSE.
O trio de queercore paulistano HAYZ lançou recentemente o Não Estamos Mais Em Casa, com mensagens bem objetivas e um instrumental profundamente influenciado pela sonoridade de bandas dos anos 90 e 2000, como Longstocking, Third Sex e Team Dresch.
O EP, que foi gravado ao vivo em apenas sete horas no Estúdio Papiris, em São Paulo, aborda, ao longo de seis faixas, sensações de deslocamento, não pertencimento e caos interior. O nome do EP veio de um verso da faixa “Dorothy”, que subverte a música homônima da banda Alkaline Trio, colocando a protagonista com as rédeas de sua vida nas mãos. Ouça:
Komunga
O duo Komunga estabelece a troca e acolhimento entre diferentes vertentes religiosas no clipe de “Medúlla”. Com uma proposta conceitual bastante reflexiva, o vídeo começa a contar os anos a partir do fim do Apartheid, na África do Sul, em 1994.
Segundo os integrantes, é um ótimo momento para começar a contar os anos, já que não condiz à religião, e sim um instante em que tem ligação ao respeito humano de uma forma geral. Com isso, foi contemplada a ideia que seria imaginar uma festa onde pessoas de diferentes culturas se reunissem e celebrassem juntas, e aconteceria no ano de 3882.
A canção, produzida pela própria Komunga, também reflete sua letra por meio do próprio arranjo. É possível ouvir várias citações sonoras de religiões diferentes, principalmente as que mais pulsão no nosso país: sinos, batuques, vocais indígenas, chocalhos, órgão. A estrutura musical finaliza com elementos eletrônicos como uma forma de unificar. Assista:
Israel Rodrigo
Após fazer parte das bandas Bloomy e Pentarradial, o cantor Israel Rodrigo alça voos em carreira solo e lança o primeiro single, intitulado “Agora ou Nunca Mais”.
Produzida pelo próprio Israel, e escrita com parceria de Antônio Rossa em cima de uma base de guitarra feita por David Meiser, a canção traz uma sonoridade familiar como fruto de sua vívida experiência na cena musical, e uma letra convidativa à reflexão.
Ouça: