E temos notícias a respeito de uma das obras literárias mais importantes de todos os tempos.
O livro Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) foi lançado pelo escritor inglês Anthony Burgess em 1962 e traz seu principal personagem na pele de Alex, jovem que relata suas experiências de vida envolvendo subculturas jovens e muita violência.
Nem é preciso dizer que a obra se popularizou depois que foi transformada em um dos filmes mais cultuados da história do cinema, dirigido pelo lendário Stanley Kubrick, e desde que o longa saiu em 1971, tornou-se favorito dos fãs mais descolados de cinema, música e cultura popular.
Sequência de Laranja Mecânica
Uma sequência de Laranja Mecânica nunca foi lançada, mas ao que tudo indica, ela vinha sendo planejada.
Pelo menos é o que garante a BBC, que anunciou que arquivistas da Anthony Burgess Foundation, em Manchester, descobriram um manuscrito de duzentas páginas nos arquivos do autor.
Segundo eles, trata-se do que seria a sequência de Laranja Mecânica com o título de A Clockwork Condition, e a descrição é de “parte uma reflexão filosófica e parte autobiografia”.
O próprio Burgess teria chamado a obra de “uma imensa declaração filosófica sobre a condição humana contemporânea”.
Inspiração para crimes e violência
No longo texto, Burgess também falou a respeito da polêmica envolvendo a adaptação de Stanley Kubrick para os cinemas, principalmente na Inglaterra.
Por lá, o filme foi banido porque estaria fazendo com que jovens copiassem as suas atitudes violentas, cometendo crimes dos mais graves pelas ruas do país.
Quem falou a respeito do trabalho foi o Professor Andrew Biswell, diretor da Fundação Internacional Anthony Burgess, que cravou:
Essa notável sequência inédita de Laranja Mecânica coloca luz em cima de Burgess, Kubrick e a controvérsia a respeito do notório romance lançado pelo autor.
The Clockwork Condition mostra um contexto para o trabalho mais famoso de Burgess e amplifica suas visões a respeito de crime, punição e os possíveis efeitos corruptores da cultura visual.
Biswell ainda falou que Anthony abandonou o manuscrito quando “percebeu que era um autor de romances e não um filósofo”.
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