Em seu álbum de estúdio, lançado em 1977, o cantor Geraldo Azevedo gravou uma trilogia de faixas — “Caravana”, “Talismã” e “Barcarola do Rio São Francisco” — que foi apelidada de “Suite Correnteza”. As canções seguem um fluxo hipnotizante e suas letras retratam com muita beleza imagens sobre uma vida de viajante.
Agora, mais de quarenta anos após sua gravação original, Suite Correnteza está recebendo uma nova vida nas mãos de vi~nau, projeto do músico Matheus Vinhal. Em uma sessão ao vivo gravada juntamente de outros músicos em uma sessão única, Vinhal utilizou samples da obra original de Azevedo para criar Correnteza, um disco experimental que transforma a MPB clássica em música ambiente.
Correnteza possui sua base fundamentada em arranjos de repetição, mas eventualmente vai explorando e expandindo a obra de Azevedo de formas inusitadas e ousadas. O contraste entre o clássico e o moderno acaba criando uma paisagem sonora inusitada que muitas vezes pega o ouvinte de surpresa, mas o álbum flui de forma hipnotizante e faz jus ao seu nome e à obra original.
Além de Vinhal, a banda que trabalhou em Correnteza também é composta por Vitor Wutski (guitarra), Pedro Keppler (violão), Daniel Penteado (djembé) e Evandro Machado (moringa). O disco foi gravado em Junho de 2017, mixado por Vinhal e sua masterização foi feita por Mark Bihler nos estúdios da Calyx em Berlim, na Alemanha.
Ouça o trabalho logo abaixo.