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The Cure e os 30 anos de sua obra prima, "Disintegration"

O oitavo trabalho do The Cure marcava uma volta às características sonoras ligadas ao rock gótico e sombrio, se tornando o mais vendido da discografia.

The Cure - Disintegration

Em 02 de maio de 1989, o The Cure lançava Disintegration, oitavo disco da banda, no começo, desacreditado pela gravadora, Elektra Records, que chegou a questionar a viabilidade comercial de uma volta às origens sonoras da banda ao rock gótico e sombrio, feito por Robert Smith, que mesmo questionado, entregava ao mundo da música a obra prima da banda.

O clássico resiste e ganha força com o passar do tempo ao longo desses 30 anos, e permanece com o lugar intacto entre os grandes feitos da inspirada década de 80 em que o parâmetro musical percorreu vários caminhos entre estéticas bem diferentes.

Os momentos conturbados dentro da banda foram fatores providenciais para que Robert se trancasse em seu próprio mundo e se fechasse em sua mente para externar todos os seus pensamentos sobre o álbum temático perfeito.

As questões sobre o tempo e sua força destruidora em todos os âmbitos da vida, a saudade, as desilusões, a solidão, os medos e os anseios de uma mente inquieta como a do líder do The Cure foram de encontro à opinião da gravadora e provaram que toda a áurea não comercial de Disintegration seria capaz de gerar um dos discos fundamentais do estilo e dos clássicos que se tornaram populares, colocando o trabalho no posto de maior sucesso comercial da trajetória da banda, que na época já estava com mais de uma década de atividade.

Os mais de 7 minutos de “Pictures Of You”, a melodia inesquecível de “Lovesong” e a letra sussurrada de “Lullaby” ganharam ainda mais força com os clipes na MTV, mostrando o cabelo desgrenhado e o batom de Robert Smith para mais uma parcela de público que prontamente entendeu a estética da banda.

O ano de 2019 rememora os importantes feitos da carreira do The Cure. Anúncio de disco novo, após 11 anos, datas anunciadas para tocar o Disintegration na íntegra com direito a uma transmissão ao vivo e uma merecida entrada no Hall da Fama.

Robert Smith crava de vez (mais uma vez) a sua banda e a sua obra entre as grandes na música. Os fãs agradecem e já estão aproveitando cada momento desse movimentado ano na vida do interminável The Cure.