Lançamentos nacionais: Inacy, Doralyce, Leoti

Afrofuturismo brasileiro, poligamia, sexo, negritude, força e afeto são destaques nos lançamentos de Inacy, Doralyce e Leoti

Lançamentos nacionais: Inacy, Doralyce, Leoti
Foto: Reprodução / Facebook

R&B clássico, ritmos jamaicanos, influências de música eletrônica, samba, rap e soul music se misturam no autointitulado EP de estreia de Inacy.

Com produção musical assinada pelo nigeriano GMike em parceria com o brasileiro Tico Pro, o trabalho segue a tendência atual americanizada remetendo ao R&B clássico tanto em sonoridade como texturas e efeitos. Dentro dessa linha melódica, válvulas, gravadores de fita, compressores analógicos e equalizadores antigos dão um ar Lo-Fi para o disco.

O registro de Inacy versa sobre negritude, força e afeto através de uma estética retrô. Exemplo disso é “Preto é Luz”, canção que exalta a alegria, beleza e ancestralidade de um povo que se une, celebra suas raízes e cultura. Também nessa linha, o funk é o destaque em “Me Deixa Viver”, canção marcada pelos tambores de maracatu e que reflete sobre o quanto é bom estar só.

Doralyce

Lançamentos nacionais: Inacy, Doralyce, Leoti
Foto por Humberto Giancristofaro

O afrofuturismo brasileiro é destaque maior em Pílula Livre, segundo álbum lançado pela pernambucana radicada no Rio de Janeiro Doralyce.

O trabalho é resultado de uma residência artística do Pulso Red Bull 2018 e conta com participações de nomes relevantes na atual cena alternativa brasileira como O Novíssimo Edgar, Sebastian (francisco, el hombre), as meninas da Mulamba, Luisa Nascim (Luisa e os Alquimistas), Luê e Jéssica Caitano.

Além de unir os ritmos nordestinos com beats eletrônicos, é uma obra que traz muito do que está acontecendo de mais novo na música brasileira, com uma abordagem temática bastante política.

Leoti

Lançamentos nacionais: Inacy, Doralyce, Leoti
Foto: Divulgação

Afastado dos palcos desde 2017, o cantor e compositor maranhense Leoti está de volta com o single “Pra Não Machucar”.

Combinando elementos de música eletrônica, batida crescente e vocais distorcidos, o cantor está mais pop do que nunca. Na faixa, ele canta sutilmente sobre paixão, sexo e poligamia.

A música também ganhou um clipe com a direção assinada pelo cantor e seu amigo Lucas Queirós. O vídeo mostra o artista dançando e flertando em um ambiente descontraído.