Thom Yorke gostou muito da sua última passagem pela América do Sul.
Ao conversar com a revista Crack (via NME), o líder do Radiohead falou sobre como hoje em dia as decisões da banda são bastante “naturais”, principalmente por conta da idade dos integrantes, e relembrou a turnê por aqui em 2018:
Estamos com 50 anos agora, a maioria de nós, então essas coisas têm que ser naturais, tudo tem que parecer certo. Não marcamos isso, isso e aquilo. Eu sinto falta dos shows. Eu senti que fizemos coisas muito boas quando tocamos no Glastonbury e excursionamos pela América do Sul.
Radiohead
Além disso, Yorke ainda falou sobre os discos Kid A e Amnesiac, lançados em 2000 e 2001 respectivamente.
Segundo ele, o grupo andou revisitando material dessa época e encontrou muito material interessante:
Recentemente eu mexi nas coisas de Kid A e Amnesiac com os outros caras. Nós estávamos meio loucos ao final desse período. Passamos por todo o período louco de OK Computer e eu fiquei catatônico ao final. Aí nós trabalhamos duro por um ano e meio sem parar direito e foi muito intenso. Nós não sabíamos que diabos estávamos fazendo, e eu me recusava a ensaiar qualquer coisa! Imagine o caos.
Recentemente eu encontrei uma caixa com os faxes que eu mandava e recebia do Stanley [Donwood, artista visual que fez as capas dos dois álbuns] sobre as artes e eles são hilários. Eu tenho tudo isso, páginas e páginas e fotocópias que eu deixei por aí nos estúdios.
Nigel pegou tudo isso e pensou, ‘É melhor a gente guardar.’ Eu estava tão focado e ao mesmo tempo com raiva, confuso, paranoico. Eu olhava para todas as pessoas envolvidas e pensava, ‘Quem diabos são essas pessoas?!’ Nós iremos fazer coisas bem legais com todo esse material.
Ao que tudo indica, não teremos material inédito do Radiohead em algum tempo, mas edições comemorativas desses dois álbuns podem surgir com material pra lá de interessante!